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EAD tratados arquivos das outras empresas (Foto: Divulgação)

Arquivista por um dia? A EAD explica-lhe

Há 24 anos, nascia em Portugal a primeira empresa que geria o arquivo das outras empresas. Trata-se da Empresa de Arquivo de Documentação (EAD), com sede em Palmela e centros de operações espalhados por todo o país. Hoje, 20 de outubro, celebra-se o Dia do Arquivista e Paulo Veiga, o CEO desta PME portuguesa, conta-nos como teve a ideia para o que viria a ser o seu ganha pão.

“No quarto ano da faculdade fui fazer um estágio numa empresa espanhola [n. d. r. INESPAL] em Madrid e um dia pedi para conhecer os outros departamentos da empresa. Aí, tropecei numa caixa de cartão e explicaram-me que aquilo era de uma empresa que guardava o arquivo morto das outras empresas”, rebobina Paulo Veiga.

O resto é história, a empresa nasceu em 1993 e desde então tem vindo a somar dimensão, tendo atualmente 970 clientes em carteira e instalações em Palmela, Montijo, Vilar do Pinheiro, Ponta Delgada e Funchal.

É líder do mercado no setor e, aos que perguntam se este é um trabalho chato, Paulo Veiga responde com um sorriso.

“É um trabalho necessário e que tem várias fases, desde a recolha, à catalogação, digitalização e destruição dos documentos que já não são necessários. É desafiante porque temos nas mãos os maiores segredos dos nossos clientes e guardamo-los sigilosamente, como se fossem os nossos”, atira.

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Paulo Veiga, CEO da EAD (Foto: Divulgação)

 

Com 144 colaboradores, esta PME foi também considerada, em 2016, uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal, prémio atribuído pela revista Exame, AESE e Everis.

“Somos muito zelosos com os nossos trabalhadores. Distribuímos fruta fresca todos os dias, temos instalações desportivas e promovemos regularmente check ups aos nossos funcionários. Eles vão ficando porque se sentem realmente bem e são o nosso maior ativo”, sublinha.

Quanto ao futuro da profissão do arquivista, Paulo Veiga não está preocupado: “O papel ainda hoje é o maior meio de prova nas empresas – o Estado assim o impõe. O mercado está a evoluir e temo-nos adaptado, ao longo dos anos, às mudanças imprimidas pela Indústria 4.0, mas a profissão não vai desaparecer. Vai, isso sim, ganhar novas competências.”