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Beauty AI: O primeiro concurso com um painel de júri de Inteligência Artificial (foto:DR)

Beauty AI, o concurso de beleza avaliado por inteligência artificial

No inicio do verão, humanos submeteram as suas selfies e cientistas informáticos submeteram os algoritmos naquele que é o primeiro concurso de beleza com inteligência de artificial como júri.

Os seis elementos de inteligência artificial que compõem o painel de júri foram treinados para avaliar rugas, simetria facial, cor de pele e demais parâmetros antes de escolherem os homens e mulheres vencedores em várias categorias desde os 18 aos 69 anos de idade.

Dos participantes pediu-se que enviassem uma foto, através de uma aplicação, sem maquilhagem, pelos faciais ou óculos (exceção apenas aos participantes com mais de 65 anos)

Cerca de 60.000 pessoas participaram e os vencedores já estão escolhidos. Alex Zhavoronkov, CSO da Youth Laboratories e CEO da Insilico Medicine, as duas empresas por detrás do concurso Beauty AI, ficou surpreso com os resultados.

“Encontrei muitos participantes que acho mais interessantes que os robots. Mas parece que temos muita preferência pessoal nas nossas opções humanas, ainda mais na nossa equipa”, partilhou com o site de tecnologia Observer.

O concurso de beleza não foi só por brincadeira, mas sim uma parte de um projeto maior utilizando a inteligência artificial para avaliar a saúde e abrandar o envelhecimento no futuro.

“Tivemos a ideia para o concurso quando tentámos criar algoritmos diferentes para avaliar o estado de saúde dos pacientes através de fotografias, sob a premissa de que quanto mais saudáveis parecemos, mais bonitos somos”, explicou Zhavoronkov.

Entre os participantes 11% eram negros, mas nenhuma pessoa de outra etnia foi a vencedora.

“Tivemos a participação de mais de 100 países e tivemos asiáticos e indianos na final, no entanto, há muitos desafios quando se trabalha com pele mais escura ou luz inconsistente. O controle de qualidade que criamos pode ter excluído muitas imagens nas quais o fundo e a cor da face não facilitaram uma análise mais específica.”

Acrescentou ainda que isto pode levar a uma preferência não intencional no futuro, quando as sociedades dependerem mais da Inteligência Artificial.