Home / Empresas / Comissão Europeia faz nova previsão à economia portuguesa
economia portuguesa
(Foto: Pixabay)

Comissão Europeia faz nova previsão à economia portuguesa

A Comissão Europeia fez uma revisão das previsões para a recuperação da economia portuguesa para 2021, esperando um crescimento de 4,1%, ao contrário dos 5,4% perspetivados em novembro de 2020. A queda deve-se ao impacto da pandemia no turismo, que se agravou com as restrições tomadas pelo Governo no mês de janeiro.

A análise de Bruxelas faz também uma previsão de crescimento do PIB em cerca de 4,3% para 2022, valor superior às expetativas iniciais apresentadas no final do ano passado. A confirmar-se este número, poderemos assistir a um regresso de crescimento idêntico ao pré-pandemia, que irá depender, no entanto, da evolução pandémica e do comportamento do turismo estrangeiro.

De acordo com o relatório de Bruxelas, as previsões apontam para uma quebra no crescimento da Zona Euro e da União Europeia ao longo deste ano, passando de 4,2% para 3,8% e de 4,1% para 3,7%, respetivamente. Também o índice de preços ao consumidor aumentou em 2020, com uma quebra de 0,1%, sendo que a inflação poderá atingir os 0,9%, durante este ano, e 1,2% em 2022, com o setor da energia como um dos grandes responsáveis por este aumento.

Por seu turno, Portugal perspetiva um crescimento do PIB em cerca de 5,4%, com João Leão, ministro das Finanças, a afirmar que a progressão da pandemia iria ter um “impacto significativo, em particular nos setores mais afetados pela necessidade de distanciamento social”.

O comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, destaca as medidas necessárias para travar a pandemia, mesmo tendo em conta que as mesmas afetam a atividade económica, referindo que Portugal é “substancialmente afetado por um dos setores em maiores dificuldades, o turismo, que significa 8% do PIB”.

Paolo Gentinoli mostra-se, no entanto, confiante na recuperação em 2022, uma vez que “a recessão em 2020 não foi tão profunda como se esperava”, referindo que tal se deve “aos avanços em matéria de vacinas”, que permitem a projeção do regresso do PIB da União Europeia aos valores anteriores à crise.