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Empresas têm um mês para entregar o relatório único alerta a ACT (Foto:Unsplash)

Empresas criam associação para colocar Portugal no Top 15 europeu

A associação Business Roundtable Portugal (BRP) foi criada por 42 líderes de empresas e tem como finalidade contribuir para o crescimento de Portugal, no sentido de o voltar a colocar no Top 15 europeu de riqueza per capita.

42 líderes de diversas empresas dos mais variados setores uniram-se e anunciaram hoje a criação de uma nova associação empresarial com a missão de voltar a colocar Portugal no Top 15 europeu de riqueza per capita.  A Business Roundtable Portugal é uma organização independente e será presidida por Vasco de Mello, do grupo José de Mello, e contará com os vice-presidentes Cláudia Azevedo, da Sonae, e António Amorim, da Corticeira Amorim.

Segundo a informação avançada pela RTP, este objetivo será conseguido através da “valorização e qualificação dos portugueses, do apoio à criação, desenvolvimento e ganhos de escala das empresas e de melhorar o desempenho do Estado como facilitador da atividade económica e de criação de riqueza para toda a sociedade”.

Integram a BRP empresas dos setores da agroindústria, automóvel, azeite e óleos alimentares, construção, cortiça, energia, indústria, retalho, saúde, tecnologia e software, telecomunicações, turismo, entre outros que representam 82 mil milhões de euros de receitas acumuladas.

Vasco de Mello, o presidente da Business Roundtable Portugal, afirma que esta associação nasceu da preocupação “com a falta de crescimento do país”. Neste sentido, é intenção da associação intervir ao nível dos sistemas de formação e requalificação dos colaboradores, “no aumento de escala do tecido empresarial português e dar um contributo para reforçar o papel do Estado enquanto promotor e dinamizador da economia”.

O presidente mencionou ainda “o momento único na história, com grandes repercussões a nível social e económico”, relembrando a necessidade de intervenção. Deixou ainda claro que “queremos que pequenas e médias empresas sejam grandes e que grandes empresas sejam globais”.

Durante a sessão de apresentação a vice-presidente Cláudia Azevedo alertou para a necessidade de as pessoas estarem no centro deste processo de transformação. Já António Amorim destacou a “falta de escala” e do atraso do país face aos seus parceiros europeus, relembrando que o sistema de educação, requalificação e formação “é um dos fatores mais determinantes para acelerar o crescimento”.

O representante da Corticeira Amorim, explicou que “a crise tem que ser o momento de viragem para refletir e rever o que está mal”, reiterando que “é preciso deixar de adiar soluções. Este é o momento oportuno para um novo desígnio e uma nova ambição para todo o país”.

No que respeita ao Estado enquanto parte da solução, Vasco de Mello afirma que este tem que garantir “um sistema judicial justo, eficiente e simples, que combata a burocracia e a complexidade desnecessária, que simplifica processos e garante a transparência, capaz de garantir a previsibilidade fiscal, rapidez e simplificação na relação com cidadãos e empresas”.