Inspeções do Fisco a grandes empresas aumentaram, bem como as correções dos impostos.
A unidade dos grandes contribuintes (UGC) das Finanças fez mais inspeções a grandes empresas, que resultaram em correções de 416 milhões de euros em impostos.
Segundo dados citados pelo Diário Económico, a UGC realizou 389 inspeções em grandes empresas no ano passado, mais 49 do que as 340 realizadas em 2014.
“No ano passado, a UGC realizou 389 inspeções às grandes empresas sujeitas à sua supervisão, atingido um volume de correções no valor correspondente a 416 milhões de euros, o que representa um aumento de 12% face ao ano de 2014 [ano em que as correções totalizaram 385 milhões de euros]”, refere o relatório de combate à fraude e evasão fiscais em 2015.
A UGC passou, desde 2012, a monitorizar mais de perto todas as empresas com faturação superior a 200 milhões de euros, bem como os bancos e seguradoras e empresas que paguem mais de 20 milhões de euros de impostos.
O acompanhamento do cumprimento voluntário das obrigações fiscais de grandes empresas abrange ainda a distribuição, telecomunicações, energéticas, passando pelo automóvel, construção, cimento, correios e farmacêuticas. As SGPS com rendimentos superiores a 200 milhões, com um valor de impostos pagos superior a 20 milhões e as sociedades integradas em grandes grupos económicos também passam a ser monitorizadas.
Os grandes contribuintes são responsáveis por cerca de 60% da receita fiscal arrecadada todos os anos pelo Estado.
A partir de 11 de maio, a UGC passou também a acompanhar particulares com rendimentos anuais a partir de 750 mil euros ou património acima de cinco milhões de euros.