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Por: Djeisibel Lopes
Segundo o Barómetro Netsonda, realizado a 1.000 portugueses dos 18 aos 64 anos, cerca de 56% dos inquiridos sente-se atualmente positivo com a sua vida.
A pesquisa, que analisou o impacto da inflação e do aumento das taxas de juro nos comportamentos e hábitos de consumo, concluiu que o aspeto da vida privada com que os portugueses se sentem mais negativos é a esfera económico-financeira, seguida pelo emprego.
Cerca de 70% dos inquiridos considera que a situação económico-financeira dos portugueses é negativa ou muito negativa, algo o que é justificado pela inflação dos produtos e pelos aumentos de taxas de juro.
Atualmente, 55% dos portugueses diz ter alterado os seus hábitos de consumo contra 72%, onde a inflação alterou bastante ou totalmente o seu poder de compra.
Entre as principais medidas adotadas por aqueles que sentiram uma maior perda no poder de compra, está a menor frequência em restaurantes, o comprar menos roupa e mais produtos de marca própria.
O estudo concluiu ainda que as mulheres, quem tem filhos, quem tem um rendimento mensal líquido do agregado familiar até 2.000 euros e quem tem um crédito à habitação foram os que mais sentiram o impacto da subida dos preços dos produtos no seu poder de compra.
O Barómetro Netsonda revela também que 55% dos detentores de crédito habitação com taxas variáveis sentiram um impacto muito negativo resultante da subida das taxas de juro.
A principal medida adotada por queles que sentiram esse impacto foi a alteração dos hábitos de consumo, uma renegociação do crédito com o banco e tirar o dinheiro do banco e investir noutros produtos financeiros.
Quanto à poupança dos portugueses, dois em cada dez diz não conseguir poupar, destacando-se aqueles que têm filhos, os que não estão profissionalmente ativos ou que têm crédito à habitação.
