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Colaboradores relatam aumento do volume de tarefas em trabalho remoto (Foto: Pexels)

Informáticos com mais trabalho desde que passaram a remoto

Um estudo recente da Kaspersky, que inquiriu 4303 trabalhadores informáticos, registou que 54% dos colaboradores relataram um aumento do volume de trabalho desde que mudaram para o trabalho remoto, entre os quais 18% descreveram o aumento como sendo significativo.

Ainda que o estudo revele que mais de metade dos colaboradores sofreu um aumento do volume de trabalho, 64% dos inquiridos não se sentem mais cansados ao final de um dia remoto, aliás, 36% declaram ter mais energia a trabalhar a partir das suas casas e 28% afirma não notar diferença entre os dois formatos.

Em termos de estabilidade emocional, o formato remoto foi bem recebido pelos colaboradores, sendo que 67% se sente mais confortável a trabalhar a partir de casa ou não nota um aumento da ansiedade associado a horas extraordinárias.

Em paralelo, a percentagem de trabalhadores que se sente desconfortável por se distanciar dos colegas é bastante significativa. Uma solução que se está a revelar popular entre os colaboradores em geral é o modelo de trabalho híbrido, um formato altamente favorecido entre colaboradores, com quase metade dos inquiridos (45%) a mudarem para esse formato em meados de 2021.

A implementação de práticas de bem-estar empresarial também é uma outra solução e 80% das empresas estão a investir em cursos de formação para melhorar as competências nucleares e algumas estão ainda a oferecer vantagens, como tempo livre adicional pago ou férias anuais.

Ainda assim, existe muito trabalho a ser feito para mitigar o aumento do volume de trabalho dos colaboradores remotos. Apenas 45% das empresas aplicaram pelo menos uma medida prática, como a automatização das operações de segurança ou a contratação de pessoal adicional para fazer face ao esgotamento dos colaboradores.

“Atualmente, o bem-estar dos colaboradores é o foco de muitas organizações. Infelizmente, não existe uma solução única quando se trata de desenvolver um programa de bem-estar, uma vez que o seu sucesso depende das necessidades de todos os colaboradores. Estes programas e formações podem incluir ajuda psicológica e práticas de atenção, programas de fitness, e serviços de consultoria jurídica e financeira para ajudar os colaboradores a lidar com situações negativas da vida”, afirmou Marina Alekseeva, Chief Human Resources Officer da Kaspersky, citada num comunicado.

Marina Alekseeva adiantou que “é crucial criar uma cultura que torne confortável para os colaboradores, falar sobre o seu estado emocional ou problemas com os seus gestores ou parceiros comerciais de RH”.

A Kaspersky e o Global Centre for Healthy Workplaces aconselham que, à medida que as necessidades dos colaboradores vão evoluindo, o mesmo aconteça com as estratégias para os liderar.