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Limite até ao dia 15 de maio (Foto: Pixabay)

Inventa International lança barómetro “Marcas Made In Portugal”

O estudo “Marcas Made In Portugal” realizado pela Inventa International, especialista em proteção de propriedade intelectual, foi lançado hoje e conclui que houve um crescimento sólido do volume de pedidos de marcas a nível nacional nos últimos 20 anos, colocando Portugal em 6º lugar no ranking geral, posicionando-se apenas atrás de Itália, Reino Unido, Espanha, Alemanha e França, um resultado muito positivo para o país.

O barómetro encontra-se dividido em três temas principais, nomeadamente a análise dos últimos 20 anos (2001 – 2020), a comparação do ano de 2019 vs. 2020 em Portugal e marcas portuguesas pelo mundo nos últimos dois anos (2019-2020). O estudo inclui ainda o top 10 das marcas portuguesas mais antigas em solo nacional e o top 10 das marcas portuguesas mais antigas no mundo.

Últimos 20 anos (2001 – 2020)

O estudo revela que o volume de pedidos de marcas internacionais dos últimos 20 anos não tem acompanhado o volume de proteção de marcas nacionais, sendo que apenas 20% das marcas portuguesas são requeridas a nível internacional. Os portugueses continuam focados no mercado nacional, perdendo, consequentemente, muitas oportunidades de negócio no estrangeiro. Sendo a média europeia de 46%, os dados revelam que Portugal ainda tem um longo caminho pela frente no que diz respeito à internacionalização das suas marcas, e, por consequência, da sua economia.

Relativamente às classes dos pedidos de marcas realizados entre os anos 2001-2020, é possível constatar que, em território nacional, a percentagem de pedidos de marcas para produtos ou serviços é bastante equilibrada (47% nas classes de produtos e 53% em classes relacionadas com serviços). A abrangente classe que contempla serviços de publicidade, marketing, administração de negócios, entre outros, lidera a tabela tanto nos pedidos nacionais como nos internacionais.

Portugal: 2019 vs. 2020

Em 2020, os portugueses deram uma resposta bastante positiva à pandemia provocada pela Covid-19, tendo alcançado um volume de pedidos de marcas nacionais de 21.471. De acordo com os autores, este é um número “surpreendente”, principalmente se equipararmos com as cerca de 21.627 marcas requeridas em 2019. Neste mesmo indicador, encontra-se os titulares portugueses com mais pedidos de marca submetidos, onde é possível verificar alguns nomes como a Universidade de Aveiro, SIC, Sociedade Portuguesa de Futebol, Porto Editora ou Caixa Geral de Depósitos.

Marcas portuguesas pelo mundo (2019 vs. 2020)

Já o volume de pedidos de marcas internacionais com titulares portugueses teve um decréscimo de 25% em 2020, um número expectável considerando a instabilidade criada pela pandemia. Como principais mercados destacam-se a União Europeia e o Reino Unido que representam 60% dos pedidos de marcas, seguindo-se os E.U.A. (7%), Brasil (6%) e China (4%).

No que toca às marcas mais antigas em Portugal, há registos de empresas com 130 anos, sendo que, segundo a base de dados TMVIEW, a marca portuguesa mais antiga registada é a Quinta da Roêda que data de 1889. O setor vinícola mantém-se na liderança no que respeita à lista de pedidos de marcas internacionais, submetidos por titulares portugueses e que ainda se encontram válidos, com a Sogrape Vinhos no primeiro lugar, datando de 1876.

“Uma marca pode valer mais do que a própria empresa. São ativos extremamente valiosos, eternos e transmissíveis”, realça Tiago Reis Nobre, Managing Partner da Inventa International.