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Inteligência Artificial
O aumento dos custos e a volatilidade da cadeia de abastecimento são as maiores preocupações (Fonte: Freepik)

Menos de 13% dos retalhistas investe em inteligência artificial

Por: Djeisibel Lopes

De acordo com o estudo “Amid Uncertainty, AI Gives Retailers a Path to Resilience” da Boston Consulting Group (BCG) e do World Retail Congress (WRC), o aumento dos custos, a diminuição do consumo e a volatilidade da cadeia de abastecimento são as maiores preocupações dos retalhistas este ano.

A pesquisa, que contou com a participação de 550 líderes de 12 áreas do setor do retalho, explorou a forma como a Inteligência Artificial (IA) pode ser aproveitada para gerar soluções face às preocupações do setor quanto ao negócio.

A maioria dos inquiridos afirma que a imprecisão económica e operacional irá persistir ao longo deste ano, no entanto, revela que espera um crescimento na economia. Já 11% encontra-se pessimista, pois acredita num recuo da mesma.

Relativamente às estratégias de investimento, 13% dos retalhistas disseram que as suas organizações estão a investir em estratégias de longo prazo, enquanto que a maioria mostrou-se mais focada em soluções de curto prazo.

Segundo a análise da BCG e da WRC, e para fazer frente ao aumento dos custos dos bens de consumo, 55% dos participantes declaram que as suas organizações estão a aumentar os preços ao consumidor e 52% está a renegociar com os fornecedores.

Sobre as expectativas dos consumidores com a estabilização da despesa, o estudo revela que a maioria dos retalhistas tem estado a negligenciar o uso da IA na superação do declínio do consumo. Anteriores pesquisas da BCG mostraram também que os consumidores estão mais propensos a adquirir artigos quando a experiência de compra é personalizada.

A conclusão é de que são poucos os retalhistas que estão a explorar as oportunidades da inteligência artificial no sentido de abordar a complexidade da cadeia de abastecimento.

O conhecimento acumulado e o uso das tecnologias permitem a simulação de vários cenários, que poderão ajudar os negociantes a serem mais flexíveis e a prever da melhor forma as necessidades a longo prazo, enquanto são proativos quanto à volatilidade da oferta e da procura a curto prazo.

O novo ambiente retalhista pós pandémico é mais desafiante, complexo e competitivo do que antes. A grande maioria dos retalhistas está a ignorar uma oportunidade de abraçar soluções alimentadas por IA. Deve-se agir hoje e aproveitar esta vantagem para impulsionar o negócio para o futuro“, explica Tiffany Yeh, managing director e partner da BCG e coautora do estudo.