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Emissões de gases
Mais de 90% do tipo das emissões reportadas pelas empresas europeias, em 2022, pertencem ao Scope 3 (Fonte: Freepik)

Metas de descarbonização das empresas consideram 37% das emissões de Scope 3

Por: Djeisibel Lopes

Segundo o novo estudo “From Stroll to Sprint: A race against time for corporate decarbonization”, nos últimos três anos, as declarações das emissões junto do CDP aumentaram cerca de 56%, porém as estratégias de descarbonização das empresas europeias só consideram 37% das emissões de Scope 3.  

O estudo, realizado pela Capgemini Invent em parceria com a CDP, teve como objetivo analisar as estratégias de descarbonização das empresas de 17 setores de atividade na Europa e as respetivas evoluções entre 2019 e 2022.

Mais de 90% do tipo das emissões reportadas pelas empresas europeias em 2022 pertencem ao Scope 3, sendo a utilização dos produtos vendidos e dos bens e serviços adquiridos os pontos mais críticos.

De acordo com a pesquisa da Capgemini Invent, 47% das empresas declararam ter metas absolutas de redução das emissões aprovadas pela SBTi (14% em 2019), porém estas metas representam apenas 13% do total das emissões de gases de efeito estufa declaradas pelas empresas à CDP no ano passado.

Estes dados, consideram em comunicado, reforçam a necessidade das empresas com maior impacto nas emissões definirem metas de redução alinhadas com o objetivo dos 1,5°C.

Este novo estudo revela que, apesar de algumas empresas líderes terem feito alguns progressos rápidos, particularmente na definição das metas com base científica, a maioria ainda terá que tomar rapidamente medidas mais decisivas para lidar com as suas emissões de Scope3”, conta Maxfield Weiss, Europe executive director da CDP.

O responsável acrescenta ainda que, com a necessidade de alinhar a descarbonização com a meta limite de 1,5°C, as empresas têm de definir planos de transição ambiental que proporcionem a redução das emissões necessárias para manter a economia e a sociedade em segurança.

O CEO da Capgemini Invent e member of the executive committee do Grupo, Roshan Gya, nomeia as tecnologias, como o hidrogénio verde e a eletrificação dos processos, como necessárias para a transição para uma economia mais sustentável e digital, as quais terão de ser implementadas em grande escala, através de uma mudança das políticas regulamentares, refere em comunicado.