Segunda-feira, Abril 28, 2025
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Crescimento de 6,7% da economia nacional em 2022

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Por: Marta Godinho

Segundo os dados divulgados esta terça-feira, dia 31 de janeiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, apesar da previsão do governo para um crescimento de 6,8%. Contudo, este valor é o mais elevado desde 1987.

“No conjunto do ano 2022, o PIB registou um crescimento de 6,7% em volume, o mais elevado desde 1987, após o aumento de 5,5% em 2021 que se seguiu à diminuição histórica de 8,3% em 2020, na sequência dos efeitos adversos da pandemia na atividade económica”, pode ler-se no relatório do INE. 

O INE acrescenta que “procura interna apresentou um contributo positivo expressivo para a variação anual do PIB, mas inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma aceleração do consumo privado e um abrandamento do investimento”.

“O contributo da procura externa líquida foi positivo em 2022, após ter sido negativo em 2021, tendo-se registado uma aceleração em volume das exportações de bens e serviços e uma desaceleração das importações”.

Quanto às previsões, o ministro das Finanças apontava que Portugal finalizaria o ano de 2022 “com um crescimento [da economia] de cerca de 6,8%”.Esta taxa fixa-se acima dos 6,5% estimados no Orçamento do Estado para 2023 , que deu entrada no parlamento em outubro.

A previsão não oficial do executivo está alinhada com a do Banco de Portugal (BdP), o mais otimista entre as principais instituições nacionais e internacionais. Durante o ano passado, foi revisto em alta a perspetiva de crescimento do PIB português: em março cortou as previsões para 4,9%, em junho melhorou para 6,3%, em outubro para 6,7% e em dezembro para 6,8%.

Ademais, as projeções do Conselho das Finanças Públicas (CFP) esperam uma expansão do PIB de 6,7%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) 6,7% e a Comissão Europeia 6,6%. Já o Fundo Monetário Internacional prevê um crescimento do PIB de 6,2%.

“Existimos para simplificar e libertar tempo às empresas” – Jaime Faria Fernandes e Francisco Ortigão Costa

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Por: Martim Gaspar 

A Outcomm é um negócio de marketing e publicidade que trabalha dentro das empresas/agências portuguesas de forma a criar uma estratégia de comunicação aliada à criatividade através do diagnóstico e a comunicação das suas marcas. Em entrevista à PME, Jaime Faria Fernandes e Francisco Ortigão Costa, os fundadores da Outcomm, falam-nos sobre a criação deste projeto, a consistência e desenvolvimento do seu trabalho e os planos para o futuro.

PME Magazine (PME Mag.) – Porquê a pandemia para começarem este projeto?

Jaime Faria Fernandes e Francisco Ortigão Costa (J. F. F. / F. O. C.) – A ideia de criar um projeto diferenciador na área de marketing e publicidade já vinha de trás, sendo que já tínhamos tido diversas conversas sobre o que, na nossa opinião, estava ainda em falta no mercado. A pandemia, com toda a mudança que trouxe às nossas vidas, acabou por dar o empurrão necessário para apostarmos num negócio que acreditamos ajudar ainda mais as empresas portuguesas a comunicar. Numa altura em que parecia que o mundo se estava a fechar, era preciso fazer exatamente o contrário – continuar a comunicar!

PME Mag. – No que consiste o vosso trabalho?

J. F. F. / F. O. C. – O nosso trabalho consiste em sermos o parceiro das PMEs em tudo o que esteja relacionado com o diagnóstico e a comunicação das suas marcas. Com os nossos anos de experiência tanto em departamentos de marketing, como de agências de publicidade, design, digitais, de ativação e até de relações públicas queremos apoiar as empresas portuguesas tornando-as mais relevantes, com marcas mais fortes e com maior impacto junto dos seus targets, e da forma mais simples e fluída possível, para as organizações. Existimos para simplificar e para libertar tempo para que a empresa se foque na sua estratégia e nos seus objetivos de negócio.

PME Mag. – Como foi o crescimento durante a pandemia?

J. F. F. / F. O. C. – O nosso objetivo, durante a pandemia, era crescer de forma sustentada e com um grande foco em nós mesmos, já que trazemos ao mercado um novo conceito e o mais importante, naquele momento, era que o mesmo estivesse o mais aperfeiçoado e coerente possível. Não quisemos dar “passos maiores que a perna” e, por isso, expusemo-nos muito pouco. No entanto, o primeiro grande desafio da Outcomm surgiu pouco depois da sua criação: em 2020 quando fomos responsáveis pelo lançamento do Nasaleze, um novo produto da farmacêutica Ferraz Lynce. Entrámos como uma extensão do departamento de marketing da farmacêutica e gerimos o lançamento deste produto de forma 360º. Desenhámos a estratégia de comunicação, desenvolvemos as criatividades e a campanha digital, encontrámos e gerimos a relação com parceiros estratégicos de meios e relações públicas e, por fim, entregámos um report detalhado do projeto. Pouco depois começámos também a colaborar, de forma ativa e regular, com o departamento de marketing da Leroy Merlin, fazendo parte da equipa que geriu a abertura e remodelação de lojas e apoiando a transformação e abertura de mais de 15 lojas durante mais de um ano. Outros pedidos foram também surgindo como uma campanha digital para o Banco Finantia e o desenvolvimento de três marcas que serão divulgadas em breve, onde tivemos à nossa responsabilidade o desenvolvimento do naming, posicionamento, website, gestão de redes sociais, marketing digital, evento interno e, brevemente, o lançamento oficial nos meios de comunicação.

PME Mag. – O que significa serem o novo “one-stop shop” da comunicação?

J. F. F. / F. O. C. – Significa sermos o único parceiro que qualquer empresa precisará para gerir/co-gerir a sua marca na vertente de marketing e publicidade. Não queremos que uma empresa tenha de ir para o mercado procurar uma agência de publicidade, uma agência de meios, uma de marketing digital, uma de relações públicas e mais algum consultor de marketing que a ajude no desenvolvimento do seu plano de marketing ou comunicação. Basta falarem com a Outcomm. Deste relacionamento sabemos que as marcas serão as maiores beneficiadas não só porque será muito menos time consuming para elas, como será uma garantia que tudo o que for feito será com muito maior coerência e consistência e com um valor também mais competitivo. Temos mais de 16 anos de marketing e publicidade onde tivemos a oportunidade de trabalhar com os maiores players do mercado e com uma enorme diversidade de marcas, targets e budgets. Queremos, agora, colocar esse conhecimento ao alcance de qualquer empresa.

PME Mag. – Quais os planos para o futuro?

J. F. F. / F. O. C. – Para o futuro queremos continuar a crescer de forma sustentada e ponderada. Perspetivamos, também, crescer internamente de forma a oferecer aos clientes uma equipa mais robusta em todas as vertentes da comunicação, sendo cada vez mais uma solução integrada para as empresas portuguesas.

Acordo entre EDP e Cepsa promove produção de hidrogénio verde

Por: Marta Godinho

A Cepsa e a EDP assinaram, recentemente, um acordo de forma a que em conjunto colaborem na produção de hidrogénio verde em grande escala na Baía de Algeciras, na região da Andaluzia, em Espanha. Esta zona é conhecida pela forte presença de ambas as empresas e um forte compromisso com a comunidade local.

A EDP junta-se como parceira num projeto para desenvolver até 1 GW no Campo de Gibraltar (Cádiz), no âmbito do Vale Andaluz de Hidrogénio Verde, o maior projeto de hidrogénio verde da Europa promovido pela Cepsa. Este acordo também inclui o fornecimento de eletricidade de origem renovável e a possível colaboração para produzir combustíveis marítimos sustentáveis (amoníaco verde e metanol).

Este acordo representa a ambição das duas empresas no sentido de acelerar a descarbonização da economia, da indústria e dos transportes pesados terrestres, aéreos e marítimos. Para além disto, o principal objetivo deste acordo é maximizar as complementaridades e sinergias do seu conhecimento do setor, das suas capacidades técnicas e da proximidade das suas instalações.

“Este acordo com a Cepsa é um importante marco para a reconversão da central térmica da EDP em Los Barrios e para promover a descarbonização industrial através do hidrogénio verde, sendo mais um passo para reforçar a independência energética na Europa”, afirma Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP.

“Para acelerar a transição energética é necessário procurar aliados e sinergias que nos permitam avançar neste processo de forma ágil e competitiva. Com esta ambição em mente, assinamos hoje este acordo com a EDP, uma das empresas líderes mundiais na produção de energias renováveis, que nos fornecerá a eletricidade de que necessitamos para produzir hidrogénio verde de forma competitiva”, acrescenta Maarten Wetselaar, CEO da Cepsa

Esta aliança pertence à estratégia da Cepsa para 2030, Positive Motion, através da qual a empresa se está a tornar uma referência na transição energética, liderando a mobilidade sustentável em Espanha e Portugal e a produção de hidrogénio renovável e biocombustíveis avançados para promover a descarbonização dos seus clientes e da sua própria atividade.

Para além da Cepsa, também a EDP, dentro da sua missão de liderar a transição energética, apresenta um plano único de projetos em Espanha para transformar as suas centrais térmicas em locais ligados às energias renováveis, hidrogénio verde, armazenamento de energia e a flexibilidade do sistema elétrico. Neste seguimento, esta aliança facilitará a reconversão da central termoelétrica da EDP em Los Barrios (Cádiz) num centro de produção de hidrogénio verde.

É de reforçar que este acordo vem contribuir para diversos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, como os ODS 7 (energia acessível e limpa), 8 (trabalho decente e crescimento económico), 12 (produção e consumo responsáveis) e 13 (ação climática).

Aumento das exportações e importações em 2022

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Por: Marta Godinho

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira, 30 de janeiro, as exportações e importações aumentaram 16% e 17,1% em termos nominais no quarto trimestre de 2022.

“No 4.º trimestre de 2022, de acordo com a estimativa rápida do Comércio Internacional de bens, as exportações e as importações aumentaram 16,0% e 17,1%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2021”, pode ler-se.

Comparativamente ao quarto trimestre de 2020, foram registados acréscimos de 32% nas exportações e 51,9% nas importações. Quanto ao quarto trimestre de 2019, os aumentos foram de 27,8% e 37,5%, respetivamente.

Já no terceiro trimestre de 2022, as taxas de variação homóloga registaram mais 27,9% e mais 36,5%, respetivamente.

Salário como principal causa da mudança de emprego dos trabalhadores nacionais

Por: Marta Godinho

Segundo o estudo What Job Seekers Wish Employers Knew, dos websites de recrutamento Boston Consulting Group (BCG) e o The Network, que explora as preferências de recrutamento de candidatos a empregos aponta como principal conclusão que o salário é uma das principais motivações de mudança de emprego dos trabalhadores nacionais.

O estudo começa por mostrar que os profissionais mais requisitados são os de áreas em IT, digital e vendas, seguidos pelos da hotelaria, transporte e logística. Contrariamente, os cientistas e professores são os que recebem menos ofertas devido à sua natureza menos dinâmica destas áreas, onde a antiguidade e contratos governamentais a longo prazo são mais comuns.

Em Portugal (66%) e a nível global (74%) dos profissionais são abordados várias vezes por ano sobre novas oportunidades de emprego e 33% e 39%, respetivamente, são abordados todos os meses. Ademais, 52% dos candidatos portugueses sente-se numa posição de negociação forte quando procuram emprego, o que acaba por mostrar menos confiança do que a média global (68%), e 63% espera que os potenciais empregadores demonstrem alguma abertura para as condições de negociação após fazerem uma oferta inicial. A nível global, apenas 14% sente que os empregadores detêm as rédeas das negociações das ofertas de emprego, um valor abaixo do experienciado em Portugal (23%).

“Os candidatos atualmente em IT, digital e outras áreas tecnológicas são o que chamamos ‘sexy and they know it’. São frequentemente contactados com oportunidades de emprego e, por isso, acreditam que têm um forte poder negocial”, afirma Orsolya Kovacs-Ondrejkovic, associate director da BCG e co-autora do estudo.

“Os empregadores precisam de estar conscientes da origem dos candidatos e devem ajustar a sua técnica de negociação em conformidade. Com as superestrelas digitais, podem não ter uma segunda oportunidade, pelo que é melhor começar com uma primeira oferta forte. Com outros segmentos, os empregadores podem ter mais espaço de discussão. Mas uma coisa que parece certa é que os candidatos são cada vez menos suscetíveis a simplesmente aceitar uma oferta sem pedir mais”, conclui.

Quanto aos trabalhadores portugueses, 47% afirmou estar ativamente à procura de emprego noutra empresa, particularmente pela insatisfação com o seu salário e benefícios atuais (28%), pela falta de oportunidades de progressão (24%) e pelo desafio de uma nova posição ou de maior senioridade (22%). Por outro lado, 41% dos inquiridos portugueses afirmou não estar ativamente à procura de emprego, mas aberto a propostas. 75% mudaria de trabalho por melhor salário e benefícios, 36% pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional e mais de 31% pelas oportunidades de progressão na carreira.

70% dos trabalhadores portugueses e 69% dos trabalhadores mundiais desejam, acima de tudo, um emprego estável com um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Além disto, 40% e 41%, respetivamente, referem o progresso na carreira numa boa empresa e, por fim, os portugueses optam por valorizar mais as oportunidades em diferentes áreas ao longo da carreira (29%) – através do reskilling – enquanto a média global vê como preferência trabalhar em produtos, tópicos e tecnologias entusiasmantes (27%).

O trabalho híbrido é muito popular em Portugal e a nível mundial, com 53% e 54% dos inquiridos a favorecer este modelo, apesar de apresentar um declínio inesperado na preferência, no qual 65% dos inquiridos afirmou querer um modelo híbrido que incluísse dois a quatro dias de trabalho remoto por semana.

Aquando da consideração por ofertas de emprego, os portugueses afirmam que o principal fator dissuasor é a incapacidade de oferecer estabilidade e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal a longo prazo com 34% a afirmá-lo, valor acima dos 19% a nível mundial, seguido do pacote financeiro com salários e bónus inadequados (29% em Portugal e 21% no mundo). As oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento foram referidas em 22% em Portugal, em contraste com os 12% a nível mundial.

O estudo também analisou os inquiridos por grupo etário, sendo que no geral as remunerações e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal são as principais prioridades, mas os fatores dissuasores mudam bastante com a idade, tal como os membros da geração mais jovem de trabalhadores preocupam-se muito com as oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento; os trabalhadores entre os 30 e os 50 anos dão prioridade à segurança no trabalho e à flexibilidade do regime de trabalho; e os inquiridos com 60 anos ou mais, o apreço pelo seu trabalho e a realização de um trabalho de impacto é relativamente elevada.

64% dos inquiridos portugueses recusaria uma oferta de emprego atrativa se tivesse uma experiência negativa durante o processo de recrutamento – acima dos 52% da média global. Ademais, 66% dos inquiridos a nível global afirmam que um processo suave e atempado é a principal forma de um empregador se destacar durante o recrutamento. Para os portugueses, a transparência e a clareza nesse processo são fundamentais: 41% quer ver desde logo o salário (ou banda salarial) no anúncio de emprego, assim como uma descrição clara das tarefas e uma informação transparente do processo de recrutamento e 70% dos portugueses releva que a honestidade e a descrição moderada, sem exageros, da própria empresa é uma forma de a empresa se destacar positivamente.

Em adição, 75% dos inquiridos a nível global ainda favorece a habitual semana de trabalho de cinco dias, contrariando a noção de que os empregos tradicionais estão a tornar-se cada vez mais obsoletos e a ser substituídos por soluções a tempo parcial ou projetos paralelos. Apesar do crescimento explosivo do mercado de RH digital, menos de 25% dos candidatos sentem-se confortáveis com entrevistas dirigidas por inteligência artificial ou com a preparação de um vídeo de apresentação de si próprios, sendo que a maioria dos inquiridos – mesmo aqueles em áreas digitais ou de gerações mais jovens – ainda prefere os formatos de candidatura e seleção presenciais. Os profissionais portugueses também revelaram que a sua atenção pode ser mais bem suscitada pelo contacto direto e pessoal.

Na experiência dos autores deste estudo, os trabalhadores podem tomar várias medidas eficazes para maximizar a sua atratividade. O estudo apresenta detalhes sobre seis ações-chave a considerar aquando do recrutamento, sendo ela, segmentar a sua abordagem para apelar a diferentes pessoas-alvo; reimaginar o recrutamento como uma viagem individual; ultrapassar os seus vieses para aumentar a sua pool de talento; recorrer às ferramentas digitais de forma impactante, mas seletiva; garantir as bases de cultura organizativa certas; e (re)recrutar o talento interno.

Carmen Marquez Castro, gerente de negócios e operações internacionais da The Network e co-autora do estudo afirma que “escolher um emprego é uma das decisões pessoais mais importantes que se pode tomar, com pesadas implicações na vida das pessoas. Por conseguinte, os empregadores não podem encarar o recrutamento como apenas mais um processo empresarial. Este processo deve ser uma experiência positiva e inspiradora, e estabelecer uma ligação humana genuína com o candidato”.

“Os portugueses procuram soluções sustentáveis para os consumos de energia” – Raul Santos

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Por: Martim Gaspar

A SunEnergy, especialista em soluções de produção de energia elétrica a partir do sol, vai abrir três novas delegações já no início de 2023, após ter ultrapassado o seu objetivo de chegar às 20 delegações em 2022.

Esta expansão sucede-se no âmbito da campanha “Vem Ligar Portugal ao Sol”, lançada em março, com o objetivo de expandir a presença da marca no território português, garantindo uma maior proximidade na relação com pessoas e empresas clientes. Em entrevista à PME Magazine, Raul Santos, diretor geral da SunEnergy, aborda a expansão da SunEnergy por Portugal.

PME Magazine (PME Mag.) – Como surgiu a SunEnergy?
Raul Santos (R. S.) – Cada vez mais, os portugueses procuram soluções alternativas e mais sustentáveis para os seus consumos de energia, seja a nível particular ou empresarial. A SunEnergy dá resposta a muitas destas necessidades, contando com mais de uma década de experiência no setor. Pretendemos contribuir para um desenvolvimento sustentável, através da otimização de recursos energéticos e da melhoria do bem-estar de todos. As nossas soluções, que passam pela implementação de sistemas energéticos limpos e eficientes para climatização, produção de água quente e geração de eletricidade, procuram garantir isso mesmo.

PME Mag. – Em que consistem os projetos desta empresa?
R. S. – Os projetos da SunEnergy passam por soluções baseadas em energias renováveis, de forma a contribuir para um aumento da eficiência energética, tanto de habitações como de empresas, através da projeção, instalação e manutenção de sistemas de geração de eletricidade e calor, totalmente adaptados às necessidades de cada cliente ou negócio.
Em mais de 10 anos de atividade, já instalámos, por exemplo, mais de 116 mil painéis solares fotovoltaicos, o que corresponde a mais de 35 MW de potência instalada, que evitaram, por ano, mais de 13.000 toneladas de CO2. Ao todo, estes painéis dariam para abastecer cerca de 13,6 mil casas, anualmente, em Portugal.
Recentemente, inaugurámos uma nova área de negócio, a da mobilidade elétrica, com a instalação de vários equipamentos de carregamento de veículos elétricos, de norte a sul do país. Esta novidade insere-se na nossa política de diversificação, alinhada com o posicionamento enquanto empresa, e que vem responder ao aumento crescente da utilização de viaturas elétricas em Portugal. A frota automóvel da SunEnergy também é, em boa parte, elétrica, e conta com oito viaturas totalmente elétricas e uma híbrida.

PME Mag. – Como se encontra Portugal em relação à questão das energias renováveis?
R. S. – Sentimos, cada vez mais, uma preocupação dos portugueses para reduzirem a sua pegada ecológica e contribuírem para a sustentabilidade de forma a ajudar no combate às alterações climáticas. Tal é muito patente por parte dos gestores empresariais. Há uns anos, a principal motivação para a aposta passava pela questão da poupança, mas agora a questão da sustentabilidade já está praticamente a par.
Ainda há muito a fazer, é certo, mas temos sentido uma procura crescente deste tipo de soluções e acreditamos que é uma tendência que continuará a crescer. Até porque este é um tema que diz respeito a todos, pois a sustentabilidade é algo absolutamente crítico para o nosso futuro. Há muito em jogo e é importante que cada um de nós faça a sua parte para que possamos garantir um futuro mais sustentável.

PME Mag. – No que consiste a campanha “Vem ligar Portugal ao sol”?
R. S. – A campanha “Vem ligar Portugal ao sol” teve início em março de 2022 com o objetivo de expandir a presença da SunEnergy no território português, ao garantir uma maior proximidade na relação com pessoas e empresas suas clientes. Temos tido um aumento da procura das nossas soluções nos últimos anos, pelo que decidimos abrir novas delegações em várias zonas do país. A campanha visava encontrar empreendedores que se juntassem ao nosso projeto. Como resultado, em 2022, já ultrapassámos as 20 delegações e já estão previstas mais três aberturas.
Além desta campanha específica, “Vem ligar Portugal ao sol” é também o nosso mote que guia a nossa ação no presente e no futuro. Acreditamos no potencial das energias renováveis e, neste caso, como podemos reaproveitar as mais-valias que a energia solar nos pode trazer. Pretendemos, de facto, contribuir para um futuro mais sustentável e Portugal, um país conhecido por ser tão soalheiro, tem muito potencial nesta área.

PME Mag. – Como espera impactar as zonas onde foram abertas as mais recentes delegações?
R. S. – O objetivo é criar uma maior proximidade com as regiões onde existem agora novas delegações. Assim, poderemos conhecer melhor os locais e as necessidades daquela população, para poder apresentar soluções “chave-na-mão”, com elevado nível de apoio ao cliente, elemento essencial da nossa forma de trabalhar. Contamos com uma equipa formada de vários profissionais, entre os quais gestores, engenheiros, técnicos instaladores, que contam com muitos anos de experiência. No caso dos novos franchisados, todos participaram numa formação inicial de uma semana composta por vários módulos e que os preparou para darem início ao seu projeto. A formação incidiu em diferentes áreas, como engenharia, operacional, comercial, gestão administrativa, qualidade e segurança, legal, entre outras.

PME Mag. – A que se deve o sucesso desta empresa face à existência de outras fontes de energias renováveis?
R. S. – A SunEnergy oferece serviços de energia baseados nas tecnologias mais avançadas disponíveis no mercado com soluções pensadas de forma a responder aos desafios do cliente, com um elevado nível de apoio durante o processo. Acreditamos que essa nossa dedicação e procura pelas soluções mais inovadoras contribuem para o sucesso. Durante a nossa atividade, procuramos estabelecer relações de confiança com os nossos clientes e parceiros de negócio, enquanto procuramos novos projetos para continuar a desenvolver o nosso propósito, como é o caso da área de mobilidade elétrica ou a abertura de novas delegações. Mas sempre tendo como base o principal objetivo: ser uma referência no setor das energias renováveis enquanto contribuímos para um desenvolvimento mais sustentável.

PME Mag. – Quais os planos para o futuro? Como se encontra Portugal em relação à questão das energias renováveis?
R. S. – Nos próximos anos vamos querer continuar a estender a nossa rede de franchising em Portugal e ter um papel cada vez mais relevante no setor com uma presença cada vez mais forte nas diversas regiões do nosso país. Portugal reúne um conjunto de vantagens muito interessantes em setores como a energia solar e a mobilidade elétrica, áreas nas quais vamos querer continuar a apostar. Queremos também ter uma presença forte nas Comunidades de Energia Renovável (CER). Esta é mais uma solução que poderá permitir uma maior independência energética em relação à rede pública de abastecimento de eletricidade.
Portugal, a Europa e o Mundo já perceberam que não existe alternativa e, como tal, as próprias políticas públicas tendem a ser muito favoráveis ao desenvolvimento do setor. Ainda assim, é necessário que todas as entidades envolvidas façam o seu trabalho e que dessa forma sejam eliminados alguns custos de contexto que impedem um crescimento ainda mais rápido deste setor.

Programa “Regressar” para emigrantes em Paris

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Por: Marta Godinho

A partir de hoje, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, vai estar em Paris para promover o programa Regressar para incentivar o retorno de emigrantes. Este já conta com mais de 15 mil candidaturas desde 2019.

“Nós temos muito talento espalhado por diferentes recantos do mundo e temos de fazer tudo para atrair aqueles que saíram não por ato de vontade, mas por circunstância de não encontrarem à época as oportunidades no mercado de trabalho que gostariam, e que hoje o país está com uma taxa de desemprego muito baixa, que temos uma economia que está a crescer e que temos projetos onde eles podem encaixar-se”, disse Miguel Fontes.

A primeira paragem do secretário de Estado do Trabalho em França é o Consulado-Geral de Portugal em Paris, onde tem prevista uma sessão pública de esclarecimento para falar sobre este programa, depois no fim de semana uma nova sessão no evento Estados Gerais da Lusodescendência em França, que decorre também na capital, com uma equipa da secretaria de Estado a partir no início da próxima semana a Lyon para uma outra sessão junto da comunidade.

Segundo dados de Miguel Fontes, desde 2019, altura em que o programa foi lançado, as autoridades portuguesas já receberam 15,500 candidaturas de emigrantes espalhados pelo mundo, com 11,200 a serem aprovadas (70%), apesar de não se saber quantos já estão efetivamente a viver em Portugal. O maior número de pedidos vem de países como a Suíça, França e Reino Unido. Entre os candidatos para o programa, cerca de 40% tem habilitações ao nível do ensino superior

Atualmente, este programa oferece vantagens fiscais, financeiras, acompanhamento à procura de emprego, apoio do reconhecimento das habilitações e aperfeiçoamento da língua aos portugueses que queiram regressar ao país, incluindo os filhos de emigrantes que se queiram instalar no país de origem dos seus familiares.

“A ideia é atrairmos pessoas já nascidas nos países de emigração, ainda que a esmagadora maioria dos que regressaram, são pessoas que saíram entre 2011 e 2015. E é por isso que é importante fazer estas sessões em França para divulgar este programa e mostrar que mesmo quem nasceu noutros países, que têm até um desejo de instalar-se em Portugal, podem fazê-lo”, indicou Miguel Fontes.

O secretário de Estado do Trabalho garante que o executivo está a fazer tudo para a retenção dos jovens em Portugal, de forma que os 60 mil portugueses que deixaram o país em 2021 não se repita.  

“Temos de atuar em todas as frentes e, por isso, estamos a fazer um esforço determinado para criar as condições para que essa emigração menos desejada e mais forçada, não aconteça. E temos várias medidas em curso nesse sentido, desde logo a valorização salarial dos jovens”, indicou o governante, enumerando ainda as creches grátis ou o combate ao trabalho precário.

“Hoje os países e organizações, numa economia baseada no conhecimento, na informação, precisam de pessoas e pessoas qualificadas. Portanto há uma luta feroz por estas pessoas, nós sabemos que temos um problema demográfico em Portugal e que não o conseguimos ultrapassar esperando apenas que o ciclo se inverta”, acrescentou.

Juros da dívida de Portugal voltam a subir

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Por: Marta Godinho

Hoje, dia 27 de janeiro, os juros da dívida portuguesa voltaram a subir nos prazos dois, cinco e 10 anos face ao dia anterior, seguindo a tendência da Grécia, Irlanda, Itália e Espanha, segundo o Bloomberg Valores de ‘bid’ (juros exigidos pelos investidores para comprarem dívida) que compara com o fecho da última sessão.

Em especial, os juros a 10 anos subiam para 3,146% contra 3,019% na quinta-feira, 26 de janeiro. Com a mesma tendência dos juros a 10 anos, também os juros a cinco anos subiam para 2,676% contra os 2,566% na sessão anterior. Ademais, os juros a dois anos subiam para 2,745% contra 2,712% de véspera.

Os juros da dívida soberana em Portugal às 9h10 do dia de hoje a dois anos está a 2,745% (face a 2,712% de ontem), a cinco anos está a 2,676% (face a 2,566% de ontem) e a 10 anos está a 3,146% (face a 3,019% de ontem).

Já na Grécia, os juros da dívida soberana às 9h10 do dia de hoje a dois anos está a 3,270% (face a 3,251% de ontem), a cinco anos está a 3,349% (face a 3,299% de ontem) e a 10 anos está a 4,271% (face a 4,207% de ontem).

Na Irlanda, os juros da dívida soberana às 9h10 do dia de hoje a dois anos está a 2,596% (face a 2,520% de ontem), a cinco anos está a 2,537% (face a 2,421% de ontem) e a 10 anos está a 2,698% (face a 2,578% de ontem).

Em Itália, os juros da dívida soberana às 9h10 do dia de hoje a dois anos está a 3,039% (face a 2,946% de ontem), a cinco anos está a 3,532% (face a 3,402% de ontem) e a 10 anos está a 4,102% (face a 3,938% de ontem).

Por fim, em Espanha, os juros da dívida soberana às 9h10 do dia de hoje a dois anos está a 2,839% (face a 2,741% de ontem), a cinco anos está a 2,880% (face a 2,762% de ontem) e a 10 anos está a 3,238% (face a 3,103% de ontem).

Rendimento das famílias avança na Zona Euro e União Europeia

Por: Marta Godinho

Segundo os dados divulgados pelo Eurostat, o rendimento das famílias na Zona Euro aumentou 0,4% no terceiro trimestre (entre julho e setembro) de 2022 e o da União Europeia (UE) subiu 0,1%. Este valor na Zona Euro compara-se com a de 0,1% no período homólogo e o recuo de 0,7% no segundo trimestre.

O rendimento real das famílias na UE avançou 0,4% depois da permanência estável no terceiro trimestre de 2021 e recuado 1,1% no segundo trimestre do mesmo ano.

Por outro lado, o consumo real das famílias na Zona Euro avançou 0,5%, mantendo o ritmo do trimestre passado e abrandando face ao homólogo de 3,9%.

De acordo com o serviço estatístico europeu na UE, o consumo real das famílias avançou 0,7% no terceiro trimestre, acelerando face aos 0,4% do trimestre precedente, apesar de apresentar um forte recuo quando comparado com o período homólogo com 4,1%.

O rendimento real ‘per capita’ das famílias é definido pelo rendimento nominal bruto disponível das famílias ajustado dividido pela população total e pelo deflator (índice de preços) da despesa de consumo final das famílias. Já o consumo real das famílias ‘per capita’ é definido como o consumo final real das famílias em termos nominais dividido pela população total e pelo deflator da despesa de consumo final das famílias.

Mais de oito milhões de euros investidos em cibersegurança em 2022

Por: Marta Godinho 

A plataforma online de análise e consultoria que aconselha e informa empresas tecnológicas na sua ligação com os organismos e organizações da Administração Pública, a TendersTool, anunciou o destino dos investimentos públicos em segurança cibernética, serviços de cibersegurança e cibersegurança em Portugal em 2022, ano em que foi investido mais de oito milhões de euros em 109 adjudicações.

O distrito de Lisboa realizou 33% dos investimentos, ou seja, 3.08 milhões de euros num total de 41 adjudicações. Em seguida, o Porto com 1.83 milhões de euros num total de 20 adjudicações. A MEO, Reload – Consultora Informática e a RCSoft – Sistemas de Informação Unipessoal foram os que mais beneficiaram com o investimento público em cibersegurança com projetos de 1.85 milhões de euros, 1.13 milhões de euros e 659 mil euros, respetivamente.

Quanto a organismos públicos, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores foi o organismo mais ativo com um investimento em cibersegurança de 1.66 milhões de euros, seguido da Autoridade Tributária Aduaneira com 662 mil euros e o Instituto de Informática com 423 mil euros.

Durante o ano de 2022, são de destacar os contratos relacionados com cibersegurança de fornecimento, instalação e suporte da plataforma Azores Cyber 360o, por 1.66 milhões de euros; a aquisição de peças de substituição e aplicação de patch para upgrade de firmware e de segurança nas appliances Exalogic e Exalogic segunda geração, por 604 mil euros e a aquisição de licenciamento e suporte para controlo e proteção de email, por 403 mil euros.