Quinta-feira, Maio 1, 2025
Início Site Página 144

Custo mensal do cabaz alimentar aumentou mais de 20%

Por: Marta Godinho

Entre outubro de 2021 e outubro de 2022, o custo mensal médio de um cabaz básico de consumo alimentar para um adulto com cerca de 40 anos aumentou entre 21% e 24%.

Segundo refere o Banco de Portugal com base nos atuais preços das principais retalhistas alimentares operacionais em Portugal nas suas plataformas online, foi possível observar-se este aumento provocado nas diferentes variedades de produtos existentes em supermercados.

O custo mensal dos cabazes, que incluem variedades de produtos com preços mais altos e mais baixos (correspondentes aos percentis 90 e 10 da distribuição de preços), cresceu 17% e 26% respetivamente.

O valor dos cabazes mais caros este ano rondam pouco mais de 250 euros e os mais baratos rondam pouco menos de 100 euros. Isto mostra que os cabazes mais caros são duas vezes e meia superiores ao valor dos cabazes compostos por variedades mais baratas.

Em 2021, um cabaz com variedades mais caras custava menos de 250 euros e o cabaz com variedades mais baratas rondava pouco menos de 90 euros.

Insolvências atingem o valor mais baixo dos últimos três anos

0

Por: Martim Gaspar

A Iberinform, filial da Crédito y Caución que oferece soluções de gestão de clientes para as áreas financeiras, de marketing e internacional, anunciou, esta sexta-feira, que o número de insolvências diminuiu 17% até final de novembro, face ao mesmo período de 2021.

Segundo a Iberinform, até final de novembro foram registados um total de 3644 insolvências, menos 770 que no mesmo período de 2021. Com uma média mensal de 331 insolvências, o ano 2022 apresenta o resultado mais baixo quando comparado com as médias de 401, 420 e 418 dos anos 2021, 2020 e 2019, respetivamente.

Os distritos de Lisboa e Porto apresentam os valores mais elevados, 964 e 820 insolvências, respetivamente. Face a 2021, os decréscimos mais significativos verificam-se em Angra do Heroísmo (-33%), na região autónoma da Madeira (-32%), Vila Real (-31%), Viana do Castelo (-30%), Braga (-29%) e Coimbra (-23%).

Com a exceção do setor da eletricidade, gás e água, que apresentaram subidas no número de insolvências (+13%), os restantes setores de atividade apresentam valores no decréscimo de insolvências, que variam entre os –33% (Telecomunicações) a os –1,2% (Transportes).

Évora vai ser Capital Europeia da Cultura em 2027

0

Por: Martim Gaspar

Foi anunciado, na passada quarta-feira, durante uma conferência de imprensa no Centro Cultural de Belém, que Évora, juntamente com Liepaja, na Letónia, será a Capital Europeia da Cultura em 2027. Évora foi escolhida de um lote do qual também faziam parte Aveiro, Braga e Ponta Delgada.

“As capitais europeias da cultura proporcionam aos nossos cidadãos o ensejo de se encontrarem e descobrirem a diversidade cultural que torna o nosso continente tão rico e único. Bem como ter um novo olhar sobre a nossa história e os nossos valores comuns. Desta forma, esperamos que promovam a compreensão mútua, o diálogo intercultural entre as pessoas e aumentem o seu sentimento de pertença a uma comunidade. Esta é a razão de ser das capitais europeias da cultura”, considerou Sofia Moreira de Sousa, representante da Comissão Europeia em Portugal.

“Propusemos um conceito de ‘vagar’ para a Europa porque entendemos que a Europa precisa desse ‘vagar’ (…), que está radicado na identidade cultural alentejana e que é fundamental para o país e para a Europa. Precisamos de mudar, para melhor, e nós queremos contribuir para esse caminho. O país e o Alentejo precisa deste ‘vagar’ para repensar o caminho (…)”, disse o autarca da cidade de Évora, Carlos Pinto de Sá.

O ministro da Cultura Pedro Adão e Silva, acrescentou que Évora irá receber suporte financeiro no valor de 29 milhões de euros, oriundos de fundos nacionais e europeus.

ERSE cria regulamento para preços dos combustíveis

0

Por: Martim Gaspar

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou na passada quarta-feira, a aprovação da criação do Regulamento de Supervisão do Sistema Petrolífero Nacional, que servirá para determinar os modelos de construção dos preços e definição dos custos de referência dos combustíveis.

O regulamento entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2023 e irá permitir que o travão às margens dos combustíveis seja implementado.

Segundo o comunicado da ERSE, o regulamento “define o modelo de supervisão para o setor, estabelecendo uma metodologia para a definição e monitorização de custos de referência em toda a cadeia de valor, bem como as regras de prestação de informação por parte dos operadores de mercado”.

Acrescenta-se o facto de o regulamento determinar “modelos de construção dos preços e dos referenciais de custo para as diversas atividades da cadeia de valor dos combustíveis rodoviários simples e do gás de petróleo liquefeito (GPL) engarrafado, bem como as respetivas margens comerciais subjacentes”.

A lei, que servirá para aplicar o travão às margens dos combustíveis, foi publicada a 21 de outubro de 2021, contudo, a falta do regulamento por parte da ERSE impediu a sua aplicação. Desta maneira, será possível impor limites ao custo do gasóleo e da gasolina, caso se verifiquem aumentos injustificados.

EasyJet abre novas rotas a partir de Porto, Lisboa e Funchal

0

Por: Martim Gaspar

A companhia aérea EasyJet anunciou, esta quarta-feira, a abertura das novas rotas aéreas de Lisboa para Praga, de Porto para Glasgow e do Funchal para Paris Charles de Gaulle a partir de 2023.

A primeira rota, com percurso de Lisboa a Praga, terá início a 31 de março de 2023 e terá três frequências semanais, à segunda, quarta e sexta-feira.

A segunda rota, com percurso de Porto a Glasgow, terá início a 31 de março de 2023 e contará duas frequências semanais, à segunda e sexta-feira.

A terceira rota, com percurso de Funchal a Paris Charles de Gaulle, terá início a 3 de maio de 2023 e terá duas frequências semanais, à quarta-feira e ao sábado.

José Lopes, diretor da EasyJet, refere em comunicado que “esta expansão procura dar mais oferta” aos clientes, “satisfazendo as necessidades de poderem marcar voos para os destinos que desejam, em vários aeroportos portugueses”.

Nova moeda de coleção entra em circulação a partir de 15 de dezembro

0

Por: Martim Gaspar

No dia 15 de dezembro será lançada a moeda “200 Anos da Constituição de 1822” com o valor facial de 2,50 euros. A distribuição da moeda ao público será efetuada através das instituições de crédito e das tesourarias do Banco de Portugal.

A moeda tem poder liberatório apenas em Portugal. Segundo o comunicado, o anverso da moeda apresentará “a representação da Constituição através de uma composição de ornamentos florais, inspirada na capa do manuscrito original”, “ao centro, as legendas ‘2022’ e ‘República Portuguesa’, e o escudo nacional”, “do lado esquerdo, a legenda ‘2,5’” e “do lado direito, a legenda ‘Euro’”.

O lado reverso apresentará “uma figura feminina, de cujas vestes florescem ornamentos semelhantes aos do anverso — com a inscrição das palavras ‘executivo’, ‘legislativo’ e ‘judicial’ —, que representa a liberdade e a rutura com o absolutismo”.

“Na orla superior, a legenda ‘Casa da Moeda’ e a identificação do autor”, acrescenta o comunicado, e “na orla inferior, as legendas ‘200 Anos Constituição’ e ‘1822’”.

Até ao momento foi definido o limite de emissão de 25 mil moedas com acabamento normal.

Natal ‘invade’ novo website de eventos do Turismo do Algarve

0

Por: Martim Gaspar

O Turismo do Algarve anuncia hoje em comunicado o lançamento do seu novo website de eventos “Algarve Eventos”, que apresentará um agregado de eventos dos 16 concelhos da região. Com o Natal cada vez mais próximo, são os eventos natalícios que tomam conta do website no momento.

Dentro dos vários eventos natalícios, destacam-se o presépio de sal de Castro Marim produzido a partir de 10 toneladas do “melhor sal do mundo”, o presépio gigante de Vila Real de Santo António, o maior presépio do país, que ocupa 240 metros quadrados e conta com 5700 figuras.

Relativamente a concertos e peças de teatro natalícias, destacam-se os quatro concertos com música festiva de compositores célebres e as peças A Christmas Story e o Lago dos Cisnes.

Muitos mais eventos podem ser descobertos no novo website lançado pela Região de Turismo do Algarve, que “já é o maior guia de eventos do destino”, segundo o comunicado.

Exportações de gás natural aumentam entre EUA e Reino Unido

Por: Marta Godinho

O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, reportaram, esta quarta-feira, a nova parceria que estabelece o aumento das exportações de gás natural americano, de forma a reforçar a segurança de energia do Reino Unido.

O objetivo da parceria é ajudar “a acabar com a dependência da Europa da energia russa de uma vez por todas”, a intensificar a colaboração em eficiência energética e a estabilizar os mercados de energia, segundo um comunicado oficial do primeiro-ministro britânico.

O Reino Unido possui recursos naturais e indústria suficientes para “criar um sistema melhor e mais livre e acelerar a transição para a energia limpa”, diz Sunak.

Esta parceria começou a ser tratada aquando da Cimeira do Bloco G20 na Indonésia, em novembro, quando ambos os líderes concordaram em responder às necessidades energéticas dos seus países e “liderar esforços para acelerar” a transição energética.

A aliança será liderada pelos dois responsáveis da energia que vão impulsionar o investimento internacional em tecnologias de energia nuclear e de energia limpa.

Londres irá receber um fornecimento de nove bilhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito dos EUA já no próximo ano, sendo uma quantidade que mais que duplicaria as exportações que foram registadas no país em 2021. Este volume já foi fornecido pelos EUA ao Reino Unido este ano, segundo a agência Bloomberg.

O acordo anunciado esta quarta-feira é o terceiro acordo assinado entre Londres e Washington, apesar da falta de um acordo bilateral de livre comércio.

PME Nacionais com poucas parcerias com universidades, diz estudo

0

Por: Marta Godinho

Apesar dos graus de inovação, apenas 10% das empresas portuguesas conta com parcerias de universidades, um dos fatores que leva Portugal a estar em 23.º lugar no ranking de produtividade da União Europeia.

Pedro Saraiva, vice-reitor da Universidade Nova de Lisboa, vai estar presente no Encontro Nacional “Universidade: Chave para o Futuro” que se irá realizar no ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) no próximo dia 7 de dezembro, defendendo: “Se duplicarmos o número de empresas inovadoras que colaboram com Universidades, daqui a uns anos a produtividade de Portugal pode ser bastante diferente”. Isto com base em dados internacionais do Eurostat, da OCDE (Organismo para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), entre outras.

No mesmo pé de igualdade que a Letónia e Eslováquia, Portugal encontra-se em 23.º lugar no ranking da produtividade do trabalho dos 27 países integrantes da União Europeia, com seis lugares atrás da Roménia. Portugal encontra-se apenas à frente da Hungria, Grécia e Bulgária. Assim, o valor gerado por 40 horas de trabalho em Portugal equivale a 13 horas de trabalho na Irlanda, 17 horas no Luxemburgo ou então a 22 horas na Bélgica, 31 horas em Espanha e 35 horas na Roménia.

De acordo com a OCDE, 50% das empresas portuguesas produzem inovação, apesar de apenas 10% o fazer juntamente com universidades.

“Esta regressão podia ter sido evitada se, quer do lado das empresas, quer do lado das universidades, tivesse havido vontade de interagir ainda mais, de desatar nós, de investir no trabalho em conjunto”, afirma Pedro Saraiva, citado em comunicado.

Apontados como exemplos de colaboração empresas-universidades são o Biocant Park em Cantanhede (caso de estudo responsável por mais de 40% do bioempreendedorismo nacional); parceria entre a Bosch e a Universidade do Minho (165 milhões de euros em investimento, 750 postos de trabalho e 77 patentes). Os progressos feitos na área do empreendedorismo dão destaque ao Instituto Pedro Nunes em Coimbra e à Universidade Nova de Lisboa enquanto “Young Entrepreneurial University of the Year”.

Dados mais concretos vão ser abordados por Pedro Saraiva, esta quarta-feira, no ISCTE na apresentação do tema “Articulação entre a Produção de Conhecimento, a sua Difusão e Transferência para a Sociedade” como principal orador.

“Nestes últimos 50 anos houve imenso progresso feito no modo como a sociedade e as universidades se interligam. Mas importa agora dar novos passos de aprofundamento e evolução nos modos de relacionamento entre universidades, empresas e outras organizações”, constata o vice-reitor da Universidade Nova de Lisboa.

O encontro conta com a parceira do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), a Comissão dos 50 anos do 25 de abril e a RTP, com patrocínio da Presidência da República.

“Muitas empresas ainda pensam que a ética e a responsabilidade social são custos” – Mário Parra da Silva

Por: Marta Godinho

Com o assinalar de 20 anos desde a sua criação, a Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE) tem-se dedicado à ética e à responsabilidade social dentro das organizações. Em entrevista à PME Magazine, Mário Parra da Silva, presidente da APEE, fala sobre os desafios e dificuldades da associação, da sustentabilidade como fator chave nas organizações e faz o balanço das iniciativas comemorativas dos 20 anos.

 

PME Magazine – O que significa manter uma associação como esta ao longo de 20 anos?

Mário Parra da Silva – Significa acreditar e persistir na transformação da economia, e talvez da sociedade, para adotar como fundamento da sua atividade valores éticos e responsabilidade pelas suas ações, louvores e resultados financeiros como consequência das boas práticas, redução, mitigação e compensação pelas prejudiciais. Nunca em 20 anos nos faltaram apoios, voluntários e vontades. O significado só pode ser que vale a pena.

PME Mag. – Enquanto a sociedade se molda e atravessa constantes mudanças e novas adversidades, quais são os principais desafios para manter uma associação distintiva nos seus valores?

M. P. S. – A ética e a responsabilidade não estão sujeitas a mudanças, são dimensões perenes na vida das pessoas e também das pessoas coletivas. Em cada período de mudança existem novos desafios e novas formas de as concretizar, mas a mais-valia da associação mantém-se, enquanto centro de ação e reflexão sobre a matéria. Também fomos ajudados pela corrente geral do desenvolvimento sustentável, que eleva a necessidade de uma gestão ética e da assunção de responsabilidades para com as partes interessadas.

PME Mag. – Existe alguma dificuldade em conciliar princípios como a responsabilidade social, o desenvolvimento sustentável e a prática da ética empresarial?

M. P. S. – Pelo contrário, são naturalmente associados e não se poderá praticar uma dimensão sem a outra.

PME Mag. – O que é que ainda falta às organizações atuais em termos de ética e de princípios?

M. P. S. –Têm feito um caminho. Hoje, os instrumentos e o conhecimento ético estão muito mais disseminados, a responsabilidade social é bem conhecida. Mas não ignoro que falta ainda muito para colocar a economia portuguesa ao nível das mais avançadas. Muitas empresas ainda pensam que a ética e a responsabilidade social são custos, uma mania política da União Europeia, ou uma forma de passar encargos para as empresas, que deveriam ser assumidos pelo Estado. Mas o negócio continuado exige mais do que oportunismos pontuais. Alguém disse que se pode enganar sempre uns quantos e se pode enganar todos em alguma coisa, mas não é possível enganar todos sempre. Assim, a empresa que não respeita valores pode conseguir resultados no curto prazo, mas acaba por ser ultrapassada. Uma economia robusta tem de assentar em valores, adotados e praticados com a mesma robustez.

PME Mag. – Qual é o papel das organizações quanto à sustentabilidade? E o que é que ainda pode ser feito por parte das mesmas para evitar questões ambientais devastadoras?

M. P. S. – As organizações terão de mudar o modelo de negócio para oferecerem soluções compatíveis com a sustentabilidade. De algum modo teremos de aprender a aumentar as margens e reduzir as quantidades, ou seja, não crescer em volume de objetos transacionados, mas continuar a crescer em volume de negócio. As últimas décadas foram exatamente o inverso – vender cada vez mais produtos para manter a margem do negócio, com um impacte ambiental cada vez maior. Só a indústria ganhou, mas em contextos de baixas remunerações e ainda menos direitos sociais. Alinhámos alegremente em dumping social, enriquecendo quem nos fornecia produto sem querer saber das consequências sociais e ambientais. É preciso rever o conceito da globalização e adotar progressivamente um conceito de economia circular, que inclua os fluxos financeiros. Por isso, as soluções terão de vir de novas políticas, ao nível europeu e global.

PME Mag. – Qual é o balanço que faz do congresso realizado no passado dia 21?

M. P. S. – Foi uma festa em que a APEE se encontrou consigo própria, porque hoje tem uma dimensão tal que algumas pessoas não sabem o que outras fazem. Demos oportunidade a que as comissões técnicas apresentassem o seu trabalho, e de que o contributo de muitos ativistas fosse mais bem conhecido. Celebrámos amigos e pessoas, com um notável contributo para a causa. Penso que foi muito positivo.

PME Mag. – Que balanço faz da Semana da Responsabilidade Social 2022?

M. P. S. – Foi de algum modo um ponto de viragem, marcando o início de novas preocupações na APEE. Por exemplo, tivemos uma sessão muito inovadora sobre os desafios éticos na inteligência artificial e realidades virtuais, associadas a tecnologias imersivas, com a participação de reconhecidos especialistas na área. Abordámos a conciliação de uma perspetiva nova, o urbanismo, acessibilidades, transportes, estrutura das famílias, com um conjunto de oradores muito interessantes. Como em edições anteriores, teve grande destaque o papel das universidades na criação de saberes e ações de sustentabilidade, com destaque para a Universidade de Coimbra que teve uma participação intensa. Os ODS e a Agenda 2030 em geral estiveram no centro de tudo, como acontece desde 2015, e com o contributo valioso de entidades aderentes à Aliança para os ODS Portugal. O nosso parceiro UN Global Compact Network Portugal coorganizou três sessões do maior interesse, continuando a aposta na preparação de Portugal para novos desafios na gestão e proteção do oceano. A igualdade de género, uma das constantes da APEE, teve mais um importante contributo para a paridade em órgãos de gestão. Como não podia deixar de ser, demos muita atenção aos modelos de relatório de sustentabilidade, nomeadamente ESG, tendo em conta recente publicação pela União Europeia da Corporate Sustainability Reporting Directive. Esta 17.ª edição atingiu o objetivo de sempre – criar e partilhar conhecimento – que fica disponível para todos no nosso canal do Youtube.

PME Mag. – Houve dificuldade em encontrar as personalidades certas para integrar a dinâmica das temáticas que serão abordadas no Congresso 20 Anos APEE e na Semana da Responsabilidade Social 2022?

M. P. S. – Essa dificuldade nunca existiu. Como é natural, a dificuldade está mais em cobrir os custos através de sponsors, mas no nosso ecossistema existem muitas pessoas altamente envolvidas com os vários temas, vindas das organizações, da administração pública e da academia. Embora, na verdade, ainda seja difícil encontrar quem esteja à vontade em mesas redondas interativas, em vez de discursos. Temos de aprender mais a conversar, tem havido demasiada tendência para monólogos virtuais e consumo silencioso.

PME Mag. – Quais os planos que se seguem para a APEE?

M. P. S. – Continuar os seus eventos de referência – ESG Week, a Semana na Responsabilidade Social, lançar uma plataforma para repositório de relatórios de responsabilidade social e sustentabilidade para PME, lançar um programa de reconhecimento de ação ética para todo o tipo de organizações, intensificar a cooperação internacional, nomeadamente com as Nações Unidas, através do apoio à UNA Portugal, a continuação da cooperação com a UN Global Compact Network Portugal, entre outros projetos.