Home / Opinião / PME portuguesas aderem ao projeto europeu “Partnerships for Science Education”
Carolina Santos
Carolina Santos, professora auxiliar convidada da Escola Nacional de Saúde Pública - Universidade Nova de Lisboa (Fonte Divulgação)

PME portuguesas aderem ao projeto europeu “Partnerships for Science Education”

Por: Carolina Santos, professora auxiliar convidada da Escola Nacional de Saúde Pública – Universidade Nova de Lisboa

“Várias PME portuguesas decidiram aderir ao projeto europeu PAFSE no âmbito da sua agenda dedicada à responsabilidade social e corporativa, mas sobretudo para darem a conhecer ao jovens o contributo do seu trabalho para uma economia baseada em conhecimento e um conjunto alargado de profissões que contribuem para o crescimento e sustentabilidade do seu negócio”.

Criar parcerias entre escolas, universidades, centros de investigação, laboratórios, empresas e ONGs, envolvendo-os nos esforços de criar uma rede de suporte às escolas que enriqueça a educação na área das Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM/STEM), é a missão do projeto europeu “Partnerships for Science Education” (PAFSE), que será apresentado em dois importantes eventos dedicados à promoção e scale-up da inovação em diferentes áreas do conhecimento: Digital with Purpose Global Summit (9-11 julho, Cascais) e High-level stakeholder European Research Area (ERA) conference (18-19 setembro, Bruxelas).

O projeto PAFSE é desenvolvido em consórcio europeu composto por 9 instituições sediadas em 4 países – Portugal, Grécia, Chipre e Polónia – e liderado pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA).

Para dar cumprimento à missão do projeto, o consórcio têm estabelecido diversas parcerias para o desenvolvimento de atividades de educação sobre a importância das CTEM no desenvolvimento sustentável e em particular no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 – ODS 3 (Saúde e Bem-estar). O PAFSE tem promovido atividades nas escolas e também instalações da rede de parceiros, recorrendo a ambientes e objetos de aprendizagem interativos (e.g., jogos, simuladores, atividades experimentais) para, por um lado, despertar o interesse e a curiosidade nos jovens por currículos e profissões ligadas às CTEM e, por outro, torná-los embaixadores da Saúde nos seus ambientes de vida.

“O desenvolvimento de redes científicas que envolvam os vários setores da sociedade (público, privado, social) com o objetivo de fomentar a literacia científica, a capacidade dos indivíduos em identificarem conteúdos fake e de tomarem decisões conscientes e informadas, com base na melhor evidência disponível, desde uma fase precoce do seu desenvolvimento e ao longo de toda a sua vida, é um processo desafiante ”, refere Carolina Santos, docente da ENSP-NOVA e coordenadora do projeto.

O projeto PAFSE tem epicentro em escolas de ensino básico e secundário mas a ENSP-NOVA pretende alargar a sua proposta ao ensino superior, academias para educação de adultos, universidades sénior e instituições dedicadas ao ensino profissionalizante, estando a desenvolver parcerias e candidaturas a fundos europeus para este efeito. O objetivo é que um estudante, em qualquer nível de ensino, seja inspirado por mentores da Academia e da Indústria a ser inovador na sua abordagem à geração de ideias e à sua aplicação na resolução de problemas reais, e apoie o desenvolvimento de respostas sustentáveis aos desafios da sociedade, ao mesmo tempo que adquire uma compreensão mais profunda sobre os desafios globais da ciência.

“Várias PME portuguesas decidiram aderir ao projeto europeu PAFSE no âmbito da sua agenda dedicada à responsabilidade social e corporativa, mas sobretudo para darem a conhecer ao jovens o contributo do seu trabalho para uma economia baseada em conhecimento e um conjunto alargado de áreas de atividade e profissões que contribuem para o crescimento e sustentabilidade do seu negócio”, refere Carolina Santos.

Nas interações entre alunos e profissionais, diversas empresas públicas e privadas que integram a Global Compact Network Portugal estabeleceram ligações entre as aprendizagens em sala-de aula do currículo das CTEM com a realidade do mercado de trabalho, no contexto de atividades dinâmicas, estimulantes e desafiantes, fomentando o desenvolvimento de conhecimentos e competências através de desafios reais colocados aos alunos, tais como construir um hospital, garantir qualidade da água potável, montar uma comunidade de energia renovável ou fazer crescer o seu negócio em tempos de pandemia.

Ao construir e dinamizar clusters de educação de ciência com epicentro em escolas, o PAFSE terá múltiplos impactos na preparação dos jovens e toda a comunidade escolar para os desafios que a nossa sociedade enfrenta – sustentabilidade social, ambiental e económica – e, ao fazê-lo, dará o seu contributo para vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O PAFSE foi um dos 100 projetos selecionados pela Comissão Europeia para demonstração no New European Bahaus Festival, em 2022, pelo seu alinhamento com as prioridades temáticas e valores da nova Bahaus europeia e integra agora uma montra de 16 projetos a serem apresentados na conferência de alto nível da European Research Area (ERA).

O projeto é financiado em 1,46 milhões de euros, pelo programa Horizon, de apoio à investigação e inovação da Comissão Europeia, e terá a sua conferência final no dia 12 de julho, na reitoria da Universidade NOVA de Lisboa. A entrada é livre mas sujeita a inscrição prévia no website do projeto (https://pafse.eu/).

 

Parceria PME Magazine/ENSP-NOVA
Este artigo faz parte de uma parceria editorial estabelecida entre a PME Magazine e a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA).