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Beltrão Coelho
Empresa portuguesa lança novo site (Foto: Pexels)

Portugal mantém 26.º lugar no ranking de competitividade

Portugal volta a não figurar na linha da frente das economias mais competitivas ao nível mundial, no que respeita ao desenvolvimento, atração e retenção de talento, mantendo a 26.ª posição, segundo consta nos resultados do ranking de Talento Mundial do IMD World Competitiveness Center 2021.

Os resultados apresentados este ano são acentuados pela descida nas categorias como “Investimento & Desenvolvimento” e “Preparação”, colocando Portugal ainda mais longe de países como a Suíça, Suécia e Luxemburgo, que são as economias mais competitivas em talento.

A Porto Business School é, pelo sexto ano consecutivo, parceira exclusiva do IMD para Portugal na elaboração do ranking. Nos últimos anos, Portugal tem perdido terreno em termos de aposta no talento, como aparentam os resultados do presente ano. O principal fator para a baixa competitividade continua a ser a falta de aposta das empresas na “Formação dos Colaboradores”. Pela positiva, destaca-se a forte percentagem que o país apresenta ao nível da força de trabalho do sexo feminino, relativamente à sua força laboral total.

Apesar de Portugal ter subido ao nível da “Atratividade”, este ainda continua a ser o fator mais negativo para o país, devido à baixa classificação nos critérios da “justiça”, “motivação dos colaboradores” e saída de pessoas com boa formação e qualificação”.

“Num ano em que todas as economias foram impactadas pelos efeitos da pandemia, Portugal não conseguiu tornar-se mais competitivo. Os líderes e gestores das empresas devem perceber a sua responsabilidade no aumento da motivação dos colaboradores, que é seguramente impactada por fatores como o salário, a segurança, ou a qualidade de vida, mas também pelas condições que são dadas aos profissionais a nível de flexibilidade, reskilling e utilização da tecnologia mais avançada”, afirmou Ramon O’Callaghan, dean da Porto Business School, citado em comunicado.

O ranking apresentando este ano revela que os países europeus reforçaram a liderança do talento a nível global. Além disso, observam-se melhorias na Ásia Oriental e Ásia Central, enquanto a América do Norte, Sul da Ásia e Pacífico, Ásia Ocidental, África, e América do Sul perderam protagonismo

Ucrânia, Hungria, Croácia, Estónia, Eslovénia e Roménia subiram pelo menos dez lugares entre 2017 e 2021, sendo que a Ucrânia foi o país que mais tem vindo a melhorar, subindo 13 lugares em 2021. A Suíça manteve o primeiro lugar como resultado do seu desempenho sustentado em “Investimento & Desenvolvimento”, “Atratividade” e “Preparação”.

A Suécia subiu ao segundo lugar, graças às melhorias no seu desempenho em “Atratividade” e “Preparação”. Já Luxemburgo continua em terceiro lugar, com um forte desempenho em fatores de “Investimento & Desenvolvimento” e “Atratividade”.

O IMD World Talent Ranking avalia o estatuto e o desenvolvimento das competências necessárias para que as empresas e a economia alcancem a criação de valor a longo prazo.