Home / Empresas / Portugal melhora posição no ranking de fraude nas empresas
fraude fiscal pme magazine
Foto de arquivo

Portugal melhora posição no ranking de fraude nas empresas

Portugal melhorou a sua posição no ranking da consultora EY sobre a fraude nas empresas, passando do quinto lugar, em 2015, para o 19.º este ano.

Segundo os dados da consultora, a percentagem de inquiridos a admitirem suborno ou práticas de corrupção nas empresas caiu de 82% no inquérito anterior para 60%.

A Ucrânia lidera a lista, seguida pelo Chipre e Grécia. No polo oposto, Dinamarca, Finlândia e Noruega surgem como os países onde se identificam menos práticas de corrupção.

Segundo o estudo, 12% dos inquiridos em Portugal disseram estarem dispostos a oferecer pagamentos em dinheiro para ganhar ou manter negócios.

Outros 14% disseram estarem dispostos a contabilizar receitas antecipadamente e 21% disseram estarem dispostos a falsear os resultados da empresa, de forma a atingirem os objetivos

Ainda assim, 30% dos inquiridos diz que a atividade regulatória melhorou a dissuasão de comportamentos não éticos e 91% dizem que as ações legais a pessoas singulares ajudariam a minorar a fraude, suborno e corrupção.

Outro dado relevante no inquérito, tendo em conta o conjunto de países envolvidos, é o facto de a Geração Y (25 a 34 anos) demonstrar uma atitude mais permissiva face ao comportamento ético, com 73% a considerarem justificado caso ajude um negócio a sobreviver. Nos inquiridos entre os 45 e os 54 anos esta média cai para 49%.

“As empresas necessitam de tomar medidas para a criação de uma cultura, onde seja do interesse dos seus funcionários fazer o que está certo. Programas de formação e consciencialização podem desempenhar um papel importante para ajudar os indivíduos a perceberem as consequências da fraude e da corrupção, encorajando-os a apresentarem contribuições caso tenham preocupações sobre condutas não éticas”, sublinha Pedro Cunha, da EY Portugal.

O inquérito foi realizado entre novembro de 2016 e janeiro de 2017 e incluiu entrevistas a 4100 funcionários de grandes empresas em 41 países.