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Fórum Internacional - Exportação e Internacionalização
Fotos: Miguel Figueiredo Lopes, Presidência da República, Nanda Gondim e CCILF

Primeira edição do Fórum Internacional de Exportação e Internacionalização decorreu em Lisboa

Por: Mafalda Marques e João Pedro Monteiro

A primeira edição do “Fórum Internacional – Exportação e Internacionalização” aconteceu no dia 21 de abril e contou com a presença do Secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, e com a participação de 16 Câmaras de Comércio, AICEP e IAPMEI, realizando 50 reuniões de negócio entre os 400 participantes.

A iniciativa foi organizada pela CCILF (Câmara de Comércio e Indústria Luso Francesa) em colaboração com 15 câmaras bilaterais presentes em Portugal: alemã, angolana, argentina, belgo-luxemburguesa, brasileira, britânica, chinesa, espanhola, holandesa, Hong-Kong, Indonésia, italiana, japonesa, marroquina e turca, tendo por objetivo promover a internacionalização das empresas portuguesas.

A inauguração do Fórum Internacional aconteceu na véspera, dia 20 de abril, com a realização de um jantar internacional, presidido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O presidente português foi recebido pelo Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa, Fabrice Lachize, e fez uma intervenção sobre Portugal no atual contexto nacional e internacional.

 

Expositores

Desde o apoio à constituição de empresas com o Grupo IG Massa ao transporte e logística com a Clasquin, de tudo um pouco estava disponível aos empresários e visitantes.

“Essencialmente o objetivo é ajudar os exportadores a perceber como é que podem exportar sem riscos. Somos um operador de transporte e logística e usamos todos os meios de transporte, avião, navio, camião, ferroviário e estamos neste evento porque tem tudo a ver com a nossa atividade e exportação… O nosso segredo é a proximidade e flexibilidade”, adiantou o diretor-geral João Moreira, da Clasquin.

Ana Paula Soares, coordenadora da área de SMES, na portuguesa MDS Portugal, explicou como a corretora de seguros lidera o mercado há mais de 15 anos e apoia as empresas na vertente de seguros e gestão de risco: “Nós pretendemos que todas as empresas que gerimos no nosso portfólio tenham um crescimento e visibilidade sustentáveis e, portanto, queremos ser parceiros e uma lufada de ar fresco à forma como se trabalha em Portugal esta área”.

Já Mia Gomes, secretária-geral da Câmara de Comércio e Indústria Indonésia Portugal explicou que “este evento facilita bastante porque reúne várias câmaras de comércio num só evento, o que possibilita aos empresários encontrarem num só sítio informações fidedignas”, adiantou.

Criada em 2012, a CCIIP realiza várias missões empresariais, nomeadamente, encontrar parceiros para as empresas portuguesas que queiram entrar no mercado indonésio, tendo uma forte relação com o grupo de portugueses em Jacarta.

Considerada por alguns uma versão do Portugal Exportador, a primeira edição do fórum, promovida pelas câmaras de comércio bilaterais, juntou membros corporativos e individuais localizados em Portugal.

Rui Almeida, presidente da centenária Câmara de Comércio Luso Inglesa em Portugal marcou presença no evento, com o objetivo de apoiar empresas portuguesas na sua internacionalização e, naturalmente, de e para o mercado do Reino Unido, usando Portugal como uma plataforma para explorar outros mercados que sejam endereçáveis.

“Portugal é um mercado claramente que valoriza a proposição única de valor, é um mercado maduro e exigente, muito competitivo, portanto não é um mercado agressivo do ponto de vista da pricing e com uma capacidade de inovar”, adiantou. “Já o Reino Unido é quinto maior mercado mundial, o segundo maior mercado da Europa a seguir à Alemanha, um mercado que não discrimina em função da origem mas sim em função da qualidade. Há sem dúvida muita empresa britânica a investir em Portugal”, esclareceu.

Já a Câmara de Comércio e Indústria Luso Chinesa aproveitou esta iniciativa para estar mais próxima das empresas e das pessoas que têm interesse em fazer negócios entre Portugal e China e, com isto, apresentar a lista de serviços, assim como divulgar a delegação em Macau.

“Os nossos órgãos sociais que são empresas já com uma dimensão maior, mais de 50% já terão capital chinês, portanto, os grandes investimentos chineses em Portugal já estarão connosco”, afirmou o representante desta câmara de comércio.

Há uma dificuldade peculiar no mercado chinês que é a identificação do parceiro credível. As listas de contactos e eventos, assim como a abertura de uma delegação em Xangai, passando a China a ter um ponto de referência, são fatores cruciais para desenvolver uma relação mais próxima com os empresários chineses e promover os associados portugueses.

Miguel Seco, presidente da Câmara Comércio e Indústria Luso Espanhola apresentou as vantagens em investir no mercado espanhol e deu ainda alguns conselhos às empresas de serviços. Segundo Miguel Seco, as empresas “devem saber quem são os seus concorrentes e se estão na fase primária da internacionalização é importante procurar um parceiro local com qual associar-se”. Adiantou ainda que a CCILE faz “o contacto com empresas locais e estudos de mercados locais” e que irá abrir mais uma delegação no Porto.

Camille Burg, fundadora da Gift & Craft, empresa francesa de produtos personalizados feitos em Portugal justificou a presença neste evento como uma forma de encontrar novos parceiros.

“Já trabalhamos com muitas indústrias no Norte do país, mas é sempre bom encontrar mais fábricas e parceiros em Portugal e ao criar ligações com as câmaras podemos encontrar mais clientes na Europa. Fiz hoje no fórum entre 10 a 15 reuniões, está a ir ao encontro das minhas expectativas”, sorriu.

“Temos muitos franceses que querem comprar em Portugal e organizámos encontros B2B para as empresas portuguesas presentes. Este evento pretende ser anual e tivémos perto de 300 pessoas, o que nos orgulha muito”, concluiu Fabrice Lachize, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa.

Para a organização, esta primeira edição do fórum serviu para mostrar o papel das câmaras de comércio em Portugal no apoio às empresas portuguesas na exportação e nos apoios financeiros.