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ATP diz que máscaras comunitárias são tão seguras quanto as FFP2 (Foto: Divulgação)

Proibição de máscaras comunitárias põe empregos em risco

Máscaras cirúrgicas passam a ser obrigatórias em espaços públicos em França, Alemanha e Áustria. Decisão deixa setor têxtil preocupado com os efeitos nas exportações e no emprego.

Em causa está a proibição do uso das chamadas máscaras “caseiras”, ou comunitárias, fabricadas em tecido, implementada por países como França, Alemanha e Áustria.

Esta medida prevê o uso obrigatório de máscaras cirúrgicas FFP1 ou FFP2 em todos os espaços públicos, incluindo transportes públicos, locais de trabalho e estabelecimentos comerciais.

A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) tornou pública a sua preocupação com os impactos desta decisão nos postos de trabalho e no volume de exportações das empresas do setor que, durante a pandemia, adaptaram a sua atividade à produção de máscaras comunitárias certificadas.

Citado pelo Dinheiro Vivo, Mário Jorge Machado, presidente da ATP, “o que parece estar em causa são as máscaras de fabrico doméstico”, já que estas não oferecem uma proteção devida contra a Covid-19. No entanto, considera que “isso não pode servir de desculpa para meter tudo no mesmo saco”. O responsável salienta a necessidade de “lutar contra a desinformação”, uma vez que as máscaras têxteis estão certificadas como “tão seguras quanto as FFP2”. Mário Jorge Machado explica ainda que esta medida poderá ter “sérios efeitos” no volume de negócios das empresas do setor têxtil, assim como na manutenção de postos de trabalho.