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Foto de arquivo (Foto: Pexels)

Serviço extra portagens da Via Verde passa a ser pago à parte

A partir do dia 5 de janeiro, a empresa do grupo Brisa vai separar o pagamento das portagens dos utilizadores da Via Verde dos restantes serviços a que têm direito e os utilizadores já estão a ser transferidos automaticamente para a nova modalidade e, os que não quiserem, terão de o comunicar por escrito.

O preço da mensalidade ou da anuidade para alugar o novo equipamento será igual. Caso o cliente prefira fatura sem papel, pagará 49 cêntimos por mês ou 5,75 euros por anos. Na eventualidade de o cliente preferir o extrato em suporte físico, a despesa irá variar entre 99 cêntimos por mês e 11,65 euros por ano, de acordo com a edição online do Diário de Notícias/Dinheiro Vivo.

“Dará acesso a todos os serviços existentes, bem como a novos serviços e benefícios que a Via Verde Portugal venha a criar”, referiu a empresa em informação enviada aos clientes na passada semana, citada pelo DN/Dinheiro Vivo, relativamente à nova opção, que oferece a entrada e saída de parques de estacionamento cobertos ou na rua, sem que seja necessário o uso da máquina, carregamento de veículos elétricos, pagamento de viagens de ferry entre Setúbal e Troia, e até compras no McDonald’s.

Até dia 31 de março, o preço da mensalidade ou anuidade mantém-se igual à modalidade com autoestrada, ainda que a Via Verde já esteja a transferir os atuais clientes para o novo serviço, que será mais caro do que a opção que oferece apenas as portagens.

Dia 1 de abril será quando as mudanças se farão sentir: caso o cliente prefira fatura sem papel, pagará 99 cêntimos por mês ou 11,65 euros por ano; se preferir o extrato em suporte físico, a despesa irá variar entre 1,49 euros por mês e 17,40 euros por ano. No caso dos clientes que só usam o identificador alguns meses por ano, Via Verde Leve, terão sempre portagens e outros serviços de mobilidade incluídos, tendo implicação no preço.

Os clientes que já compraram o identificador têm acesso a todos os serviços que já se encontram disponíveis até à data de lançamento das novas modalidades, após esse período, não será garantido o acesso a futuras evoluções da oferta Via Verde que possam surgir após essa data.

Fonte da empresa em declaração pelo mesmo jornal, clarificou que a mudança servirá para” simplificar e clarificar” a oferta de serviços desenvolvidos nos últimos anos em “ambiente concorrencial”.

DECO condena aumento de preços

A notícia já mereceu reações. Em comunicado, a DECO PROTESTE deixou claro que repudia a prática comercial anunciada pela empresa, que apresentou aos seus clientes um aumento de 50% em assinaturas que integram serviços habituais, valor muito acima dos 3% previstos para a inflação, ao mesmo tempo que elimina a possibilidade de aquisição de um identificador.

A DECO PROTESTE adianta que a Via Verde não acrescentou qualquer serviço àquilo que já oferecia anteriormente a 5 de janeiro, apenas conduzindo os seus consumidores a pagarem mais pelo mesmo conjunto de serviços que já dispunham.

“A DECO PROTESTE critica ainda a decisão da Via Verde em descontinuar a venda de identificadores, obrigando potenciais clientes a vincularem-se a assinaturas que não desejam e que, em muitos casos, acabam por ser mais dispendiosas para os utilizadores de autoestradas. A organização receia até que os atuais proprietários de identificadores acabem por ser encurralados no momento em que os seus dispositivos precisem de nova pilha, não lhes sendo dada outra alternativa que não a subscrição de uma assinatura”, refere a associação.