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Michael Page
Destaca-se a aposta das empresas do setor no dynamic work (Foto: Pexels)

Serviços à medida é tendência na banca e finanças para 2022

A Michael Page, empresa de recrutamento, faz balanço das tendências para 2022 nos vários setores de atividade, num estudo anual sobre a evolução das principais tendências de recrutamento para o próximo ano para quadros executivos, em empresas de grande dimensão. Na área de banca e finanças, destaque para os serviços virem a ser cada vez mais personalizados.

Ainda no setor de banca e finanças, destacam-se os projetos digitais e processo de desenvolvimento tecnológico. Os perfis de auditoria, controlo e risco encontram-se entre os mais desejados. Globalmente, regista-se também um grande foco na transformação digital, assim como uma orientação cada vez maior ao cliente numa ótica de venda consultiva, procurando apresentar uma oferta de produtos e serviços tailor made.

A consultora destaca, também, o aumento das funções de risco, compliance e auditoria, tanto na área Corporate & Investment Banking, como em Retail Banking. A digitalização e a inovação são fatores importantes que obrigam as empresas a procurar profissionais que ofereçam uma combinação de conhecimentos técnicos na área e uma clara orientação para o mundo digital, segundo o comunicado da Michael Page.

Entre as tendências, destaca-se a aposta das empresas do setor no dynamic work, facilitando novos métodos de trabalho, planos de carreira mais adequados, mobilidade interna e outras ferramentas destinadas à retenção de talento.

Falta mão-de-obra na construção

No que toca ao setor da construção, apresenta-se um aumento significativo de novas obras, principalmente relacionadas com o investimento privado, em 2021. Os projetos ligados à construção civil assumem destaque, contudo, é previsível que os próximos anos sejam férteis em concursos públicos com projetos de infraestruturas.

Não obstante, o mercado enfrenta a carência de profissionais devido à redução de estudantes universitários nos últimos anos, principalmente em Engenharia Civil, e aos profissionais que saíram do país. Este desequilíbrio contribui para elevar os níveis salariais do setor.

Na área de Engineering & Manufacturing, em circunstâncias normais, é difícil que exista uma perspetiva homogénea. As empresas do setor demonstram a sua importância e provaram o quão imprescindíveis são, trabalhando a um ritmo bastante mais acelerado do que o normal. Os perfis mais procurados estão ligados às áreas de logística e supply chain, onde a procura passou a ser superior à oferta, mas os salários ao nível da Direção mantiveram-se.

“É importante que as empresas se diferenciem neste setor através de uma forte cultura empresarial, com planos de carreira bem definidos e possibilidade de mobilidade interna. Com a integração de Portugal num mercado cada vez mais global, assistimos a uma maior competitividade ao nível do pacote salarial, criando uma tendência de disputa de talento no setor”, lê-se no comunicado.

Como indicação, na indústria, um diretor-geral pode auferir o salário mínimo de 170 mil euros, se trabalhar em Lisboa, e a mesma função, na mesma zona geográfica, na área da construção, até 110 mil euros.