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Sonae Arauco
O projeto conta com mais de 100 mil sementes (Foto: divulgação)

Sonae Arauco cria projeto pioneiro para apoiar produtores florestais

A Sonae Arauco lançou um projeto de investigação e desenvolvimento (I&D) para ajudar os produtores florestais a aumentarem a sua produção, invertendo assim a tendência de decréscimo da área plantada no país.

A Sonae Arauco conta já com um viveiro nacional onde estão mais de 100 mil sementes de 136 famílias de pinheiro-bravo e pinheiro-radiata, com proveniência de Portugal, Espanha, França e Chile. “Estas sementes vêm de quatro programas de melhoramento genético com base na seleção natural das melhores sementes”, explica a empresa, em comunicado.

O projeto, que tem como objetivo testar e comparar o comportamento das plantas em diferentes condições de solo e clima em Portugal, conta com uma primeira fase que decore até meados de fevereiro. Nesta fase, as plantas crescem num viveiro florestal, em condições idênticas. De seguida, são plantadas em seis locais diferentes, no Centro e no Norte de Portugal. O processo é repetido no ano seguinte, para que o efeito do clima seja eliminado nos resultados.

“No longo prazo, o projeto pretende reproduzir em escala as plantas selecionadas, viabilizando aos produtores florestais em Portugal o acesso a plantas de elevada qualidade genética e produtividade, contribuindo para um aumento da rentabilidade da cadeia de valor do pinheiro”, explica a empresa.

“A tendência de declínio do pinheiro-bravo registada nas últimas décadas, assim como a previsão de uma procura cada vez maior do mercado por matérias-primas sustentáveis, como a madeira, são o fundamento deste projeto. A sustentabilidade é parte integrante da estratégia da Sonae Arauco e pretendemos ser um agente de mudança no setor e apoiar o desenvolvimento da floresta nacional”, afirma Nuno Calado, diretor de sustentabilidade e floresta da Sonae Arauco.

Este projeto, explica o responsável, “tem a grande mais-valia de utilizar sementes provenientes de diferentes programas de melhoramento de pinheiro, ou seja,  espécies de elevada produtividade, o que nos permitirá apresentar aos proprietários florestais e aos viveiros nacionais recomendações sobre as espécies e proveniências mais adaptadas e mais rentáveis para diferentes regiões de Portugal.” Entre 2005 e 2019, houve um decréscimo do volume em crescimento do pinheiro-bravo, tendo sido perdido, entre 1995 e 2015, 27% da área plantada. Além disto, a empresa realça que “não é alheio o desafio da baixa produtividade e da falta de gestão, que gera menor rentabilidade, impactando toda a cadeia de valor”.