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António Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu (Foto: Divulgação)

Viseu espera criar 500 novos empregos com nova área empresarial em Lordosa

O município de Viseu, no âmbito do eixo da competitividade empresarial, aprovou um projeto que prevê a criação da Área de Acolhimento Empresarial de Lordosa – Viseu. A infraestrutura deverá começar a receber empresas a partir de 2022. Em entrevista à PME Magazine, António Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu, prevê a criação de 500 postos de trabalho no concelho.

PME Magazine – Que setores esperam atrair para o concelho com esta infraestrutura? 

António Almeida Henriques – Estamos a falar de empresas do setor industrial, serviços e logística, dada a centralidade geográfica do município de Viseu. São sobretudo empresas que necessitem de lotes para construção a preços acessíveis, numa infraestrutura com acessos, água e tratamento de águas residuais, entre outras comodidades. A proximidade ao aeródromo de Viseu poderá estimular também a instalação de serviços ou indústrias ligadas à aeronáutica.

PME Mag. – Quantos empregos esperam gerar?

A. A. H. – É difícil perspetivar, mas tendo o objetivo de fixar 38 empresas, no mínimo esperamos a captação de 500 empregos que potenciem esta zona de baixa densidade.

PME Mag. – Quais os impactos esperados no concelho com a construção da Área de Acolhimento Empresarial de Lordosa? 

A. A. H. – A criação de emprego é o principal objetivo, bem como o desenvolvimento de um eixo de baixa densidade no norte do concelho. Tirando partido de uma área empresarial que se localiza junto à A24 e a pouca distância da A25, além da proximidade ao aeródromo de Viseu – considerado o segundo melhor do país. Perspetiva-se ainda, caso seja necessário, uma estrada direta entre as duas infraestruturas. Esperamos também que Portugal opte pela ligação ferroviária Cacia/ Vilar Formoso em bitola europeia, que passa junto a esta área de localização empresarial. Por fim, saliente-se que este espaço está a pouco mais de uma hora dos portos da Figueira da Foz, Aveiro e Leixões, e a uma hora da fronteira de Vilar Formoso. Assume, portanto, uma localização privilegiada para um eventual porto seco.

PME Mag. – Que outras medidas têm em curso ou pretendem implementar para tornar o concelho num polo de atratividade de investimento? 

A. A. H. – O município de Viseu definiu, como um dos seus eixos prioritários, transformar o concelho num polo de atratividade de investimento, no domínio da competitividade empresarial. Nesse sentido, criámos o Viseu Investe, regulamento de apoio ao acolhimento empresarial, que já permitiu fixar, até à presente data, mais de 100 projetos nas áreas industrial, saúde, TICE (tecnologias de informação, comunicação e eletrónica), retalho alimentar, contact centers, ambiente, entre outras. Estamos a falar de mais de 250 milhões de investimento e de cerca de 3 500 postos de trabalho, muitos deles qualificados. Saliento, por exemplo, os cerca de 850 engenheiros fixados nos últimos seis anos em 16 empresas tecnológicas, como a Biz Direct, IBM, Deloitte, Altice Labs, Fujitsu, Critical Software, SIBS, entre outras. Ou no setor da saúde, onde foram criados mais de 600 empregos, com destaque para o hospital da CUF. Refira-se ainda o domínio do ambiente e energia, onde se destaca a central de biomassa.