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2015 foi o “ano do empreendedorismo”

A Informa D&B realizou um estudo sobre o “O Empreendedorismo em Portugal” e elege o ano 2015 como o melhor pela criação de 35.000 startups.

 

O estudo refere que as startups são responsáveis, em média, por 18% do emprego criado anualmente pelas empresas. Foram ainda identificadas transformações no perfil das startups: a iniciativa é maioritariamente individual e origina empresas de menor dimensão, mas com preponderância na criação de emprego e vocação exportadora.

Entre 2007 e 2015, foram constituídas 309.550 empresas e outras organizações, (34 mil por ano, em média). A quase totalidade (93%) das entidades criadas são sociedades comerciais, embora, em média, apenas 74% tenham iniciado atividade no ano de nascimento. Depois de uma queda entre 2008 e 2012, iniciou-se, em 2013 um ciclo de expansão que culminou em 2015 no melhor ano em número de constituições desde 2007 (37.924).

O estudo aponta ainda o perfil das Startups e dos Empreendedores:

  • De 2007 a 2015, há mais iniciativas individuais e de menor dimensão: as sociedades unipessoais ganham terreno, o capital social é, em média, mais baixo no ato de constituição e o volume de negócios e o número médio de empregados no ano de nascimento são também mais reduzidos, o que constituiu uma mudança face a períodos anteriores.
  • A percentagem de startups exportadoras aumentou 3% (de 7,1% em 2008 para 10,1% em 2014) e as exportações absorvem quase dois terços (63%) do volume de negócios.
  • Os Serviços (26,7%) e o Retalho (16,1%) continuam a ser os setores com maior criação de empresas, apresentando, no entanto, crescimentos médios anuais reduzidos (+1,4% e +1%, respetivamente). Já o Alojamento e Restauração passam a ser o terceiro setor com mais empresas criadas por ano, ultrapassando a Construção.
  • Os setores com maior crescimento no que toca à constituição de empresas são os da Agricultura, pecuária, pesca e caça (+15,1%), Telecomunicações (+8%) e Alojamento e restauração (+5,1%). As maiores quebras verificam-se nos setores da Construção (-6%) e do Gás, eletricidade e água (-4,4%).
  • A criação de empresas concentra-se maioritariamente em três grandes núcleos: Norte, Área Metropolitana de Lisboa e Centro. A partir de 2008, o Norte é a região mais empreendedora, respondendo, já em 2015, por 34% das constituições, enquanto à Área Metropolitana de Lisboa e ao Centro cabem, respetivamente, 33% e 17%.
  • De 2010 a 2015, a quase totalidade (94%) das iniciativas têm como sócios exclusivamente pessoas singulares (empreendedores), com as entidades investidoras a entrarem no capital de apenas 6% destas empresas.
  • Observando-se uma média de 47 mil empreendedores por ano, em quase dois terços dos casos (64%), estes abraçam a sua primeira experiência como empresários. Adicionalmente, 76% dos empreendedores assumem a gerência das empresas que criaram.

Há mais empresas jovens (até cinco anos) do que maduras (34,7% contra 22,5%, respetivamente). Incluídas no conjunto das empresas jovens, as startups representam 7,1% do universo empresarial português.