Sábado, Novembro 23, 2024
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Maior investimento na saúde com o desafio demográfico

De acordo com o Programa de Estabilidade apresentado pelo governo, o desafio demográfico é encarado como uma preocupação estrutural, dadas as despesas com o envelhecimento da população portuguesa, que deverão significar um maior investimento e um maior impacto na saúde.

O governo português apresentou recentemente o Programa de Estabilidade, no qual demonstra uma preocupação estrutural com o desafio demográfico, pelo que as despesas com o envelhecimento irão apresentar um maior investimento e impacto na saúde.

De acordo com o documento, a projeção demográfica aponta para uma diminuição da população residente em Portugal em cerca de 17,5%, até 2070, notando-se uma maior incidência a partir de 2030.

Esta redução populacional irá acentuar-se principalmente na população ativa, isto é, em pessoas entre os 20 e os 64 anos, com uma redução de cerca de 31,4%. Quanto à população com idades superiores a 64 anos, estima-se que apresente uma diminuição de 23,7% no período de tempo referido.

Outra das conclusões presentes no Programa de Estabilidade refere-se ao impacto do envelhecimento nas despesas do setor da saúde e cuidados de longa duração que, no período compreendido até 270 deverão aumentar em cerca de 1,6% e 1,8% do PIB, respetivamente.

Fazendo uma perspetiva a um prazo mais próximo, pode ser analisado que, em 2030, a despesa anual da saúde deverá situar-se em cerca de 1.200 milhões de euros, isto é, cerca de 0,6% do PIB. Por seu turno, a despesa com cuidados de longa duração irá apresentar um investimento anual de 200 milhões de euros, cerca de 0,1% do PIB, à mesma data.

Com os dados apresentados, é possível perspetivar que o país precisa de implementar rapidamente um programa de reforma e de reforço da saúde, resolvendo os problemas de subfinanciamento e apontando alternativas para a sustentabilidade e resiliência do sistema de saúde.

Nesse sentido, o Conselho Estratégico Nacional de Saúde da CIP (Confederação Empresarial de Portugal) chama a atenção para que o Plano de Recuperação e Resiliência se foque no setor da saúde, com a transição digital a permitir que este sistema possa evoluir na prestação de cuidados de saúde aos cidadãos, através de uma gestão mais eficiente das instituições.

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