Por: Redação
A empresa portuguesa Tekever, fabricante de drones e sistemas autónomos orientados para Inteligência Artificial, é o mais recente ‘unicórnio’ português após uma avaliação superior a 1,2 mil milhões de euros.
A empresa anunciou um investimento de 400 milhões de libras no Reino Unido, 468 milhões de euros, numa nova ronda de financiamento, “totalmente comprometida pelos investidores existentes, incluindo o líder da ronda Ventura Capital, Baillie Gifford, o Fundo de Inovação da NATO (NIF), Iberis Capital e Crescent Cove”, lê-se em comunicado divulgado pela empresa de drones.
A empresa que se assume como líder europeu em DefTech, explica que a ronda de financiamento coincide com o lançamento do “ambicioso programa de desenvolvimento” para o Reino Unido, conhecido como Overmatch, “com o objetivo de transformar a indústria de defesa do Reino Unido e garantir que o Reino Unido e os seus aliados permaneçam na vanguarda da tecnologia vital autónoma e orientada para a IA”.
O investimento em investigação, infra-estruturas e tecnologia de defesa irá gerar mais de 1000 empregos altamente qualificados e lançar as bases para uma capacidade soberana na guerra da próxima geração, acrescenta ainda a empresa liderada por Ricardo Mendes.
Com esta nova ronda, cujo valor não foi revelado, a startup alcança uma valorização de mais de 1,2 mil milhões de euros, elevando a Tekever ao status de unicórnio europeu, o sétimo português depois da Outsytems, Feedzai (única que mantém a sede em Portugal), Remote, Anchorage Digital, Sword Health e Talkdesk.
De onde surgiu o termo empresa ‘unicórnio’?
O nome foi criado por Aileen Lee, investidora de capital de risco e fundadora da Cowboy Ventures, em 2013. Lee referia-se a empresas dos Estados Unidos da América valorizadas em mil milhões de dólares (“1 billion dollars”, em inglês americano), apesar de terem menos de 10 anos de existência.
Desde então, a expressão passou a ser usada por investidores, empresários, jornalistas e público em geral para classificar startups com uma avaliação superiro a mil milhões de doláres, não só nos EUA. O próximo marco a atingir chama-se ‘centauro’, e está reservado a empresas com mais de 100 milhões de dólares (93 milhões de euros) de receita anual recorrente.