Por: Diana Mendonça
O inquérito divulgado esta quarta-feira pela associação da hotelaria, restauração e similares (AHRESP) revela que 86% das empresas de restauração e similares e 51% das empresas de alojamento turístico já aumentaram os seus preços de venda, até um máximo de 15%.
Os efeitos da guerra na Ucrânia e a pressão inflacionista já se fazem sentir em 94% das empresas que responderam ao inquérito da AHRESP. Das matérias-primas à energia e aos transportes, os aumentos não param de chegar, com mais de metade dos inquiridos a revelar que o aumento dos custos operacionais variou entre os 15% e os 30%. No entanto, algumas empresas afirmam ter aumentos entre os 30% e os 50%.
Os aumentos dos custos operacionais e o os aumentos praticados no preço final, segundo a AHRESP, mostram “uma forte contenção por parte das empresas, que preferem esmagar margens a fazer recair o significado aumento de custos junto dos clientes”.
A subida dos preços já provocou quebras no nível de faturação das empresas no primeiro quadrimestre de 2022, face ao período homólogo de 2019.
Com o setor a pedir medidas de apoio adicionais para fazer face a estes problemas, 85% da restauração e 41% de alojamento considera que a principal medida deve passar pela aplicação temporária da taxa reduzida do IVA (6%).
Além disso, alguns empresários revelam que a falta de trabalhadores também é um problema que alguns empresários apresentam. De acordo com o inquérito da AHRESP, a ausência continuada de trabalhadores suficientes poderá colocar em causa a boa prestação e qualidade dos serviços de restauração e alojamento turístico.
Com o verão a aproximar-se, a perspetiva da maioria das empresas de restauração e alojamento é que os resultados sejam iguais ou melhores do que em 2019.