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Bolsonaro previu que a crise da inflação iria agravar-se no Brasil e "em todo o mundo" (Foto: Unsplash)

Brasil poderá declarar “estado de calamidade” para combater a inflação

Por: Maria Carvalhosa

O presidente brasileiro poderá declarar um “estado de calamidade” no país, que permitirá ao Governo aumentar as despesas sociais, mesmo num ano eleitoral como 2022, se a inflação continuar a disparar, segundo afirmou o ministro brasileiro da Presidência, Ciro Nogueira, esta quinta-feira.

A revogação deste “estado de calamidade”, que esteve em vigor entre março de 2020 e março deste ano devido à pandemia de Covid-19, impede, agora, o Governo de criar novos programas de ajuda.

“Dependerá da situação”, mas embora “agora não haja necessidade” poderá “chegar a esse ponto” e nesse caso “terá de ser decretado”, declarou o ministro da Presidência, Ciro Nogueira, em entrevista à CNN Brasil.

Contudo, a base política de Bolsonaro está a considerar a possibilidade de renovar o estado de emergência, mas com a desculpa da pressão sobre os preços dos combustíveis e dos alimentos, que fizeram subir a inflação até 12% ao ano em maio.

Bolsonaro previu, esta sexta-feira, que a crise inflacionista se agravará no país e “em todo o mundo”, embora no caso do Brasil a tenha atribuído aos governos anteriores.

“A União Europeia disse que não vai importar mais petróleo da Rússia, os Estados Unidos tentaram recentemente importar petróleo da Venezuela de (Nicolás) Maduro, os americanos disseram que não vão aumentar a sua produção e o Brasil não tem forma de aumentar a sua produção”, afirmou o presidente brasileiro, a um grupo de apoiantes, na sua residência oficial.