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João Moreira, CEO da Abaco Consulting (Foto: Divulgação)

Como iremos fazer negócios em 2022?

Por: João Moreira, CEO da Abaco Consulting

Os últimos dois anos foram, de facto, anos totalmente inesperados. Nunca pensámos vir a viver uma realidade como esta e, sem dúvida que muitas empresas não estavam ainda preparadas para suportar e ultrapassar todos os desafios que lhes foram colocados. Este novo ano, que está ainda no início, já nos começa a mostrar que, embora nada pareça diferente, pode vir a ser um ano melhor, no qual começamos a sentir alguma normalidade no que estamos a viver.

O futuro será sem dúvida mais digital, quer na forma de fazermos negócios, quer nos processos organizacionais, sendo que a tecnologia desempenhará um papel ainda mais preponderante na vida das organizações.

Mas como é que as empresas se devem preparar para este novo ano e que impacto terá o digital na forma como se fazem negócios. Se antes o contacto presencial era o preferencial, nos últimos anos esta situação teve inevitavelmente de mudar. Contudo, será que estas estão realmente preparadas para incluir o digital nas suas estratégias ou estão apenas à espera que tudo volte à normalidade para regressar aos velhos hábitos?

É um facto que apesar da evolução tecnológica que tem ocorrido nos últimos anos, foi possível comprovar que ainda existem muitos entraves que limitam a nossa ação e que, na verdade, sempre fizeram parte do nosso dia-a-dia, mas nunca parámos para pensar neles. Isto para dizer que é urgente eliminar tudo o que não seja ágil, de forma a que nos permita ter um modelo de negócio rápido a reagir. Porque a transformação digital está a acontecer e mais rápida do que nunca e as empresas têm obrigatoriamente de conseguir acompanhar estas mudanças. Pelo que o maior desafio agora é conseguirem definir e implementar medidas que façam evoluir os seus modelos de negócios, construindo soluções que não apenas sobrevivam, mas que também prosperem no novo cenário de negócios que irá advir.

“É urgente eliminar tudo o que não seja ágil, de forma a que nos permita ter um modelo de negócio rápido a reagir. Porque a transformação digital está a acontecer e mais rápida do que nunca e as empresas têm obrigatoriamente de conseguir acompanhar estas mudanças.”

Assim, é essencial que as empresas se prepararem para serem digitais, desde o processo de venda até ao início da expedição, desde a compra da matéria-prima até ao planeamento da produção, desde o recrutamento até aos modelos de compensação e progressão na carreira. Não há dúvida de que todas as organizações enfrentam, neste momento, escolhas bastante difíceis. Mas, após dois anos de pandemia, é essencial que se consiga tirar maior partido de tudo o que já vivemos neste período. Saber antever novas mudanças, problemas, ser flexível, transparente e estar preparado para possíveis imprevistos é fundamental para que consigamos ultrapassar os maiores obstáculos que hão de surgir.

Não nos podemos esquecer que, mais do que nos reinventarmos, temos de nos redescobrir e encontrar novas formas de criar valor para os nossos clientes, parceiros e colaboradores, sendo que o mais importante continua a ser a comunicação com estes. Neste momento, é fundamental que se continue a dar primazia à comunicação interna e, não obstante, a nossa meta passa por dar continuidade ao crescimento da operação, sendo que para tal é crucial atrair novos talentos. Esse será um dos grandes desafios, não só pelo facto de existir mais procura de profissionais qualificados no mercado do que oferta disponível, mas também pelo atual contexto que alterou significativamente os processos de recrutamento, seleção, integração e formação de novos quadros.

Para muitas empresas, ou quase todas, na verdade, esta pandemia teve um enorme impacto. É um facto que a Covid-19 veio impulsionar e, até mesmo, acelerar a transformação digital de muitas empresas e, neste sentido, tornou-se imprescindível que estas tenham capacidade para reinventar os seus processos e apostar ainda mais na transformação digital dos seus negócios, pois só assim conseguirão ultrapassar esta crise com que nos deparamos.