O Continente abre hoje, dia 26 de maio, o primeiro supermercado do futuro. A loja Continente Labs não tem caixas, é tudo digital e tecnológico, sendo que a única coisa necessária é um smartphone.
A nova loja do Continente, é um supermercado em que o cliente só precisa de entrar, escolher o que comprar e, por fim, sair da loja. Segundo Frederico Santos, o diretor de Inovação e Transformação Digital no Continente, “aqui, se um cliente meter um produto no bolso não há problema”, pois só precisa de o colocar no saco, sair e já está pago.
Esta é “uma loja onde queremos permanentemente estar a introduzir experiências, tecnologias, gamas de produtos”, refere o diretor. Para além disso, devido à aquisição de equipamentos e tecnologia, o investimento total ultrapassou um milhão de euros.
O Continente é, então, a primeira marca europeia a abrir um supermercado, neste caso o Continente Labs, sem caixas registadoras. “Somos a primeira marca europeia a abrir uma loja sem caixas”, sublinha o responsável, frisando que somente a empresa Amazon possui um conjunto de lojas a operar com condições parecidas, nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Para se poder fazer compras na loja Continente Labs, é necessário que o cliente descarregue a aplicação da loja para o seu smartphone e ter um cartão de crédito/débito associados para que seja possível a emissão de uma fatura eletrónica.
“Existe uma aplicação, que é o Continente Labs, que suporta na aplicação do cartão Continente, que já quase um milhão e meio de clientes têm e que, numa aplicação ou noutra, é possível configurar” para realizar um pagamento, explicou o diretor de Inovação.
À entrada na loja, depois de tudo configurado, é necessário apenas abrir a app e mostrar um código (QR Code). O código é lido na zona de torniquetes e, após essa leitura é só preciso que o cliente guarde o telemóvel e inicie as suas compras.
Por ser uma loja inovadora em todos os sentidos, para além de não haver caixas registadoras, “não há carrinhos e também não há cestos. Temos ali um ou dois apenas para o caso de serem mesmo precisos, porque não é essa a ideia”, sublinha Frederico Santos. “A ideia é que o cliente entre com a sua bolsa, saco, mochila, ou casaco, vá tirando os artigos, guarda-os onde quiser e quando chegar ao fim, vai embora”.
Quando um cliente iniciar as suas compras e retirar um artigo das prateleiras, em tempo real começa a ser construído o seu carrinho virtual. Tudo isto é possível graças à tecnologia machine vision desenvolvida pela Sensei, uma startup portuguesa.
A loja funcionará, nesta fase inicial, entre as 12h00 e as 21h00, seis dias por semana. Contará ainda com a presença de seis colaboradores em loja, pois é preciso trabalhadores para receber a mercadoria, repor o stock, colocar os produtos nas prateleiras, garantir a higiene, entre outras atividades.
