Por: Ana Rita Justo
Oito anos foi o tempo necessário para que Miguel Neiva conseguisse transformar a tese de mestrado num negócio eticamente responsável: criar um código que permita aos daltónicos identificar as cores. O sucesso está à vista e já se procura um investidor.
Corria o ano de 1999 quando Miguel Neiva, atualmente com 49 anos, decidiu avançar para o mestrado. A tese levou oito anos a ficar concluída, mas resultou num novo negócio social com um propósito: criar um código que permita aos daltónicos distinguir as cores. Assim nasceu, em 2010, a ColorADD, hoje um exemplo a seguir entre os negócios eticamente responsáveis.
Miguel terminou a licenciatura em 1993 e montou um estúdio, onde trabalhava como designer. O ímpeto para fazer o mestrado surgiu por querer fazer jus às tendências do design inclusivo e por algum medo do desconhecido, como reconhece.
“A questão do daltonismo surgiu por referência a um colega de escola, mas também por estigma e certa paranoia, por desconhecimento de que poderia ficar daltónico. O daltonismo pode ser adquirido, mas todos tínhamos uma ideia errada do que era ser daltónico. Era um não assunto, uma limitação que a sociedade não vê”, lembra o designer.
Leia a reportagem na íntegra na edição de outubro da PME Magazine.