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Ageas Seguros
Ageas Seguros dispõe de serviços de gestão e preventiva customizados à medida de cada empresa (Foto: Divulgação)

Desafios do tecido empresarial madeirense em debate no Fórum Global PME

Por: Diana Mendonça

“Dar voz às empresas e aos empresários e promover a troca de experiências”, este foi o principal objetivo do Fórum Global PME que decorreu ontem, 30 de junho, no hotel Savoy Palace, na ilha da Madeira.

De forma a contextualizar o retrato macroeconómico do país e da região, António Mendonça, Bastonário da Ordem dos Economistas, traçou os principais cenários da economia global, assim como os principais problemas enfrentados pelas empresas. “A ausência da definição de estratégia” é um problema vital que afeta as empresas em várias dinâmicas, revelou.

Francisco Erse, responsável PME & Corporate do Grupo Ageas Portugal, sublinhou que “o planeamento estratégico desempenha um papel fundamental nas empresas”, sendo que “a prevenção e a gestão do risco aumentam a rentabilidade das empresas”.

Como referido na conferência, através dos serviços de gestão preventiva customizados à medida de cada empresa, o tecido empresarial consegue aumentar a produtividade e reduzir o absentismo. De acordo com os dados da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, por cada euro investido em prevenção, as empresas têm um retorno de 2,20 euros.

Sob o tema ‘Panorama atual sobre a produtividade nas empresas’, o painel sobre a mesa redonda iniciou-se com Rogério Gouveia, secretário regional de Finanças, que se mostra satisfeito com os resultados obtidos pela região, nomeadamente, no setor do turismo, que já ultrapassaram os níveis pré-pandemia. Segundo o secretário, em agosto de 2021, a região registou 50 milhões de euros em proveitos. “O objetivo é manter estes resultados de forma que “não seja um fenómeno residual e que tenha comportamentos ao longo dos anos”, disse.

Já Humberto Jardim, administrador da Henriques & Henriques, revela que este ano tem sido um bom ano para a empresa, muito fruto do valor acrescentado que as pessoas reveem aos projetos da empresa, assim como às novas tecnologias. Para o administrador da empresa de vinhos madeirense, a tecnologia de recolha de dados é fundamental para o crescimento e diferenciação das empresas no mercado. A análise dos dados “permite chegar a resultados que nunca imaginamos” e dá-nos pistas para “criar novos produtos”, concluiu.

Também João Batalha, partner sales lead na Microsoft, refere que a gestão de dados traz conjuntos de informações que, quando bem analisados, permitem obter visões diferentes sobre a realidade. Contudo, o preço e a dificuldade de transição para o digital é algo que está a afetar as PME.

“Tendencialmente, porque os recursos estão cada vez mais a ir trabalhar para fora, é expectável que haja um aumento do custo dos recursos e isso para as PME é um desafio, mas eu diria que o desafio maior não está aqui, nesta fase. Ter uma estratégia de transformação digital, definir essa estratégia e depois executá-la. Há muitas PME a digitalizar e a ter esta transformação digital, mas também há muitas que ainda não chegaram a esta fase. A transformação do tecido empresarial das PME precisa de acontecer com mais profundidade do que está a acontecer agora”, explica João Batalha.

A designer e empresária Nini Andrade, no decorrer da conferência, falou, igualmente, da importância da gestão de recursos para as empresas. Ter mão de obra qualificada em diversas áreas é essencial para que as empresas possam crescer e obter bons resultados. Segundo a empresária, o trabalho em equipa é essencial para encontrar soluções e o foco está em encontrar grandes soluções.

Já Hugo Julião, responsável de marketing de canal & digital da Ageas Seguros, referiu que o tecido empresarial madeirense é muito dinâmico e tem muita força no mercado. Parcerias é uma palavra chave para que o tecido empresarial se continue a desenvolver e a crescer. O responsável pelo marketing da Ageas Seguros revela que a Ageas Seguros desenvolveu “uma equipa exclusivamente dedicada à Madeira” para ajudar as empresas da região na prevenção e gestão do risco.

A décima terceira conferência deste fórum encerrou com José Gomes, membro da comissão executiva do grupo Ageas Portugal, que fez o balanço do evento, destacando que mais do que vender seguros este evento destina-se “à troca e partilha de experiências”. Identificou também que “oportunidades, mitigar riscos, dar proteção e assistência às empresas são os principais objetivos da Ageas Portugal no apoio às operações das PME”.

“O balanço foi muito positivo. Este é um evento que fazemos há cerca de três anos em várias capitais de distrito e onde discutimos os principais desafios que as empresas daquelas regiões têm, partilhar experiências que é fundamental e também apontar alguns caminhos e algumas soluções”, revela José Gomes.