O segundo encontro Transformação Digital na Otimização de Processos Documentais volta a Lisboa no próximo dia 25. Um evento organizado pela EAD – Empresa de Arquivo de Documentação, com o apoio da Spigraph e do qual a PME Magazine é media partner.
Em entrevista à PME Magazine, Paulo Veiga, fundador e CEO da EAD, refere que o evento trará a “partilha de experiências” sobre a otimização da gestão documental, mostrando também “as tendências europeias da transformação digital e suas melhores práticas”.
Entre os oradores estão Jeroen Kant, vice-presidente de business development solutions da Spigraph, Sara Canteiro, partner technology strategist da Microsoft Portugal, Marco Santos, CIO da EAD e general manager da Fin-Prisma, bem como Maria Perdigão, project manager account da Generali.
Entre as novas tendências a ter em conta, Paulo Veiga assume que a robótica terá um papel cada vez mais significativo.
“É preciso direcionar a atenção para a Robotic Process Automation (RPA), que é uma tecnologia disruptiva que permite executar atividades rotineiras, normalmente executadas por humanos, de uma forma automática, simples e flexível, tornando as organizações mais eficazes nos processos de negócio. O RPA tem, atualmente, o potencial de transformar os locais de trabalho de forma dramática, ajudando as empresas a melhorar a eficiência e a eficácia das suas operações, de uma forma mais rápida e a um menor custo, do que outros meios de automação”, sustenta.
Falando especificamente sobre as atividades fulcrais das empresas, o responsável admite alguma “resistência natural” à transformação digital e que terá de ser a “desmaterialização e a gestão eletrónica com workflows processuais” a trazer mais eficiência a áreas core da empresa com a contabilidade e recursos humanos.
“Há ainda um longo caminho a percorrer pelas empresas nesta matéria. Os recursos, não só financeiros, mas também humanos, são um forte entrave a esta transformação. No entanto, acredito que nos próximos dois, três anos este cenário vai mudar pois negócio e digital serão sinónimos.”
Paulo Veiga rejeita, contudo, que o alto investimento seja, ainda, um entrave à transformação digital nas empresas, pois “a tecnologia nunca foi tão barata”.
“O importante num projeto de transformação digital será a sua definição, objetivos e empenho da gestão. Estes são pilares fundamentais para que, eventuais investimentos, tenham um retorno garantido. Refiro eventuais investimentos, porque muitas soluções de transformação digital estão disponíveis em regime de pay-per-use. Este tema é tao importante que existem já muitas empresas que têm, ao nível de direção, um responsável de transformação digital.”
Notícia corrigida a 23/10/2018 às 10.20 horas.