Por: Ana Marques, gestora da Rede Nacional de Incubadoras, Startup Portugal
A Rede Nacional de Incubadoras (RNI) tem permitido, através da coordenação de esforços com as incubadoras protocoladas, demonstrar o contributo destas instituições para o empreendedorismo em Portugal.
As incubadoras têm-se demonstrado fundamentais para o desenvolvimento e dinamismo do tecido empresarial português, com um papel efetivo na taxa de sobrevivência (86,4%[1]) e no estímulo ao aparecimento de ideias e empresas inovadoras (60,4% de 2016 para 2019[2]), assim como na mudança de paradigma e impacto económico-social nas regiões onde se inserem.
Em dezembro de 2019, faziam parte da RNI 158 incubadoras com tipologias, posicionamento e objetivos distintos.
Caracterizavam-se, em 88%, como instituições sem fins lucrativos, com foco no impacto económico e social criado, e com recursos humanos escassos, a quem são exigidos constantemente elevados know howe especialização.
Desta forma, os objetivos da RNI para 2020-2023, passam principalmente por dotar as incubadoras de+Capacitação, +Visibilidade, +Sustentabilidade e +Informação, nomeadamente:
. Reforçar a especialização dos serviços de apoio transversais como Gestão, Inovação, Design, Marketing, Tecnologia e Finanças;
. Promover a visibilidade das incubadoras, dotando-as das ferramentas essenciais para a atividade de incubação;
. Implementar medidas de apoio que venham suportar a especialização dos recursos humanos e restantes objetivos, de forma a potenciar a atividade de incubação em Portugal;
. Monitorizar indicadores e atividades das incubadoras, divulgação de programas, benefícios e oportunidades disponibilizadas por diversas entidades governativas e instituições estatais.
Assim, pretendemos manter a ambição de criar um ecossistema de startups assente na inovação e competitividade, quer no desenvolvimento de produtos e serviços, quer nos processos tecnológicos, organizacionais e de marketing, com repercussão em toda a cadeia de valor.
Assim como, continuar a apoiar as startups a alcançarem oportunidades latentes ou emergentes, auxiliando o país na concretização dos seus objetivos estratégicos. E manter o posicionamento de Portugal enquanto “Nação Startup”, dotado de infraestruturas e RH altamente qualificados, com ferramentas e meios de apoio ao empreendedorismo sustentados em alta tecnologia e intensivos em conhecimento.
[1] Taxa de sobrevivência das startups incubadas após 24 meses do início da incubação, em 2019.
[2] A taxa de crescimento das startups em incubação de 2016 para 2019 cresceu 60,4%.
Artigo de opinião ao abrigo da iniciativa Montepio Acredita Portugal, da qual a PME Magazine é Media Partner contribuindo para a disseminação de conteúdos e informação relevante na área do Empreendedorismo.