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Trabalho remoto veio para ficar. (Foto: Divulgação)

Empresas europeias querem aumentar investimento em TI

Dois terços das empresas europeias preveem que no próximo ano irão investir em tecnologias de informação (TI). O estudo da Dynabook Europe GmbH conclui que este investimento se deve a melhorias na acomodação do trabalho remoto e híbrido, assim como no apoio na continuidade do negócio.

A investigação conduzida pela Dynabook em parceria com a Walnut Unlimited, inquiriu cerca de 1000 decisores de TI de médias e grandes empresas pertencentes a vários setores de indústria em diversos países europeus. O objetivo era perceber quais “os orçamentos dedicados às TI, identificar os novos padrões de trabalho e fazer um levantamento dos dispositivos considerados prioritários para os próximos 12 meses”, como se pode ler em comunicado.

O estudo revelou que cerca de 71% das organizações da Península Ibérica pretendem investir em tecnologia no próximo ano, sendo que 76% das empresas inquiridas dizem já ter uma maior fatia de investimento neste sentido, especialmente as empresas do setor do fabrico. Por oposição, as empresas “do setor retalhista demonstraram ser as menos prováveis de aumentar os seus orçamentos para TI”.

Verificou-se que com a pandemia geraram-se mudanças significativas nos locais e padrões de trabalho e, consequentemente, no investimento das TI. A investigação, antecipa que depois da covid-19, cerca de 67% dos trabalhadores permanecerão a trabalhar a partir de casa ou até sem localização fixa – modelo work-from-anywhere.

Damian Jaune, presidente da Dynabook Europe GmbH, afirma que “no ano passado, vimos mudanças sem precedentes na forma como trabalhamos e está mais que claro com este estudo que as empresas europeias estão ainda na corrida para garantir que as suas infraestruturas TI vão ao encontro das exigências de uma forma de trabalho remota ou híbrida”.

Neste sentido, os inquiridos no estudo revelaram que “irão priorizar a prestação de apoio/assistência à distância ao seu staff”. Para além disso, os decisores das TI confirmaram que proteger as ferramentas de comunicação e colaboração foram essenciais para a produtividade das equipas, destacando a formação para as TI como um fator de relevo.

Verificou-se ainda um acelerar na transição para o digital, ao pelo facto de as organizações procurarem “uma infraestrutura TI robusta, capaz de apoiar a nova força de trabalho”. Paralelamente, investir em soluções cloud e assistência TI remota fazem parte da lista de prioridades das empresas.

Estima-se que 81% das organizações considerem a segurança e a cibersegurança como uma das características mais importantes para investimento tecnológico e que cerca de 77% das empresas “perceciona os softwares de segurança como mais importantes do que antes”. Concluiu-se, também, que as ferramentas colaborativas, como resultado dos novos padrões de trabalhos, tornaram-se mais significativas.

A investigação da Dynabook destacou ainda a importância de aquisição de novas ferramentas de trabalho, nomeadamente de computadores portáteis, sendo que foi no Reino Unido que se “registou a maior disparidade entre a utilização de computadores portáteis e computadores fixos”, o que significa que cerca de 90% destas empresas recorrem aos portáteis e as restantes aos computadores fixos. Como resultado, é de esperar que, nos próximos meses, as organizações invistam mais em dispositivos “portáteis na sua infraestrutura de trabalho remoto”.

Assim, o presidente da Dynabook salienta que “com o aumento dos orçamentos, é evidente a crescente relevância que os dispositivos têm adquirido no seio das organizações”.

Além do mais, o estudo identificou que “as empresas europeias parecem estar a tomar em consideração os alertas relacionados com o aumento dos ciberataques”, sendo que 81% dos negócios considera a segurança como uma das características fundamentais aquando da aquisição de um portátil. A conectividade, o desempenho, a autonomia, e portabilidade são também outras características que fazem parte da lista de prioridades no momento da compra.