O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu para 3,3% em janeiro, em termos homólogos, sendo esta a taxa mais alta desde fevereiro de 2012, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Além do IPC, os preços na produção da indústria transformadora (14,3%) e na produção industrial (6,3%) continuam a aumentar.
Estes dados são da Síntese Económica de Conjuntura de janeiro, e, segundo o INE, o índice de preços na produção da indústria transformadora aumentou 11,3%, o que se revelou “o crescimento mais elevado da atual série”. Já o crescimento da produção industrial de bens de consumo não teve o crescimento tão elevado, ficando nos 6,3%, mas “também elevado no contexto da respetiva série temporal”.
“Refletindo em grande parte a aceleração dos preços, os indicadores de curto prazo da atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis até dezembro de 2021, continuaram a revelar elevados crescimentos em termos nominais. Na indústria, o índice de volume de negócios aumentou 15,0% em 2021, após ter diminuído 10,7% em 2020, sendo de salientar o aumento de 8,8% dos preços na indústria, após uma diminuição de 4,2% em 2020”, de acordo com o comunicado.
O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático teve um crescimento homólogo de 23,1% em janeiro, comparando com o período homólgo, enquanto em dezembro esse crescimento foi de 14,4%. A comparação com o período homólogo é condicionada, uma vez que em janeiro de 2021 “foram implementadas medidas restritivas adicionais no contexto da pandemia”, acrescenta o INE.
O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 4,9% em 2021, ou seja, é “o crescimento mais elevado desde 1990, após a diminuição sem precedente na série longa disponível de 8,4% em 2020, em consequência dos efeitos marcadamente adversos da pandemia Covid-19 sobre a atividade económica”, refere o INE na Síntese de Conjuntura Económica divulgada.
Na Zona Euro, esse crescimento foi de 5,2%, sendo que em 2020 houve uma diminuição de 6,4%, continuando 1,5% abaixo do nível de 2019.
A taxa de desemprego caiu para 6,6% em 2021, menos 0,4 pontos percentuais face a 2020 e menos 0,1 em relação a 2019. O nível de desempregados é de 3,4%, abaixo do nível de 2020 e 0,2% abaixo de 2019. Já o emprego total aumentou 2,7% no ano passado e as remunerações médias total (3,4%) e regular (3,1%) por trabalhador aumentaram e deflacionadas pelo IPC iam variando 2,1% e 1,8% respetivamente.