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Investimento público em ciência recua em 10 anos

Por: Diana Mendonça 

Entre 2011 e 2021, o investimento público destinado à investigação e desenvolvimento caiu 0,1%, passando de 780 para 779 milhões de euros. Apenas Espanha, com menos 0,4%, registou uma quebra superior, segundo os dados do Eurostat. 

Segundo o serviço de estatística europeu, Portugal encontra-se em contraciclo com a União Europeia (UE), uma vez que as dotações orçamentais totais dos Estados-membros aumentaram em 2021, para 109.250 milhões de euros, registando um crescimento de 35%, face ao ano de 2011.

Entre 2011 e 2021, a decisão do orçamento para a ciência passou por três primeiros- ministros: José Sócrates (PS), Pedro Passos Coelho (PSD) e António Costa (PS). Os investimentos dos governos passados foi superior aos últimos feitos por António Costa. 

Segundo o Eurostat, em percentagem do PIB, o investimento em investigação e desenvolvimento passou de 0,44% para 0,37%, num espaço de dez anos. Já a despesa per capita registou um aumento passando de 73,7 milhões para 75,6 milhões de euros, o que revela um crescimento de 1,9 milhões de euros.

Contrariamente a Portugal, a UE registou um aumento de 35% nas despesas em  I&D. Os aumentos mais significativos registaram-se na Letónia (84,3 milhões de euros ), na Grécia (1 623,4 milhões de euros), em Malta (35,3 milhões de euros) e no Luxemburgo (437,4 milhões de euros).

Destaca-se ainda a Polónia, pois a sua dotação duplicou, passando de 175,1 milhões de euros para 2.337,1 milhões de euros. A Hungria também registou um aumento de 296,2 milhões para 582,2 milhões, seguido da Bulgária  (72,7%), da Estónia (71,3%) e da Alemanha (64,9%).