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Lâmpadas de halogéneo descontinuadas

As lâmpadas de halogéneo começam, a partir de Setembro, a ser descontinuadas em Portugal, tal como nos restantes estados-membros da União Europeia, uma medida que agrada às associações ambientalistas e com impacto direto na redução da fatura energética das famílias e empresas.

A data foi definida pela Comissão Europeia, em 2009, para terminar com a comercialização das lâmpadas de halogéneo direcionais de tensão de rede na Europa.

Em comunicado, a associação ambientalista Zero explica que “foram assim dados à indústria sete anos de preparação para eliminar gradualmente a utilização de lâmpadas de halogéneo em domicílios e esgotar os ‘stocks’ existentes”. Segundo a Zero, estas lâmpadas são usadas sobretudo em tetos falsos ou em acessórios de casa de banho, por exemplo, tendo habitualmente uma eficiência energética com classificação D, razão pela qual a Zero lembra que existe uma enorme oferta alternativa como as lâmpadas LED, com classificação A.

A associação ambientalista Quercus apela ainda aos retalhistas que informem devidamente os consumidores porque só podem vender, a partir de agora, as lâmpadas de halogéneo que tenham em ‘stock’.

Tanto a Quercus como a Zero fizeram contas e as conclusões são as seguintes:

1- As lâmpadas de halogéneo ficam mais caras, já que têm um período de duração mais limitado no tempo. São precisas oito para equiparar ao de uma única LED.

2- Uma lâmpada de halogéneo com 50W de potência custa cerca de 2,30 euros, enquanto uma lâmpada LED custa 8 euros, com a mesma intensidade luminosa.

3- São precisas oito lâmpadas de halogéneo para equiparar uma única LED.

4- Uma lâmpada de halogéneo de classe D gasta oito vezes mais eletricidade do que uma lâmpada LED.

5- Durante dez anos, 19 euros é quanto custa adquirir e utilizar uma lâmpada LED, custando a de halogéneo 112 euros

Em suma, o custo total de iluminação recorrendo às lâmpadas de halogéneo é cinco ou seis vezes superior às lâmpadas LED.

A Zero sublinha igualmente que todos os investimentos que o consumidor possa fazer representam “um ganho na política contra as alterações climáticas, dadas as menores emissões de dióxido de carbono resultantes de um menor consumo de energia elétrica”, já que, em Portugal, o consumo de energia continua a ser, ainda que parcialmente, “assegurado por centrais termoeltréticas com queima de combustíveis fósseis”.

Ambas as associações lembram que as lâmpadas de halogéneo multidirecionais com formato tipo vela ou com formato tradicional ficam de fora desta proibição, já que a sua comercialização só terminará a 01 de setembro de 2018.

A Zero aproveita ainda para esclarecer os consumidores de que não devem trocar as lâmpadas de halogéneo direcionais que tenham em casa antes de elas esgotarem o seu tempo de vida.