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Cimeira Lusófona de Liderança
Painel de oradoras no terceiro dia da Cimeira Lusófona de Liderança (Foto: Cimeira Lusófona de Liderança)

Liderança feminina em destaque na Cimeira Lusófona de Liderança

O terceiro dia da Cimeira Lusófona de Liderança, dia 17 de novembro, teve como tema central: “Mulher na Liderança”. O evento contou com dois novos painéis de oradores que partilharam as suas experiências e debateram o tema.

Jenifer Filipe, administradora executiva na CDM, Romana Ibrahim, fundadora e CEO na Keep Warranty, Raffaella Gozzelino, reitora na Universidade Técnica do Atlântico de Cabo Verde, e Eva Rosa Santos, fundadora do Human Leadership Angola e head of people & culture no Standard Bank, formaram um dos painéis da cimeira. O tema central debatido pelo painel foi “Cooperam as mulheres entre si?”.

“Sou fruto da colaboração, sou fruto da sororidade”, referiu Jenifer Filipe. Continuou a explicar que a entreajuda é a chave para o sucesso num mundo que ainda não está completamente evoluído na sua visão da mulher enquanto líder. Raffaella Gonzalino, acrescentou que as mulheres são as maiores limitantes à própria carreira pela dificuldade em se impor na sociedade.

Romana Ibrahim deixou um conselho às mulheres líderes para que possam rever as suas prioridades: “Onde é que se devem concentrar? No problema ou na solução?”. A oradora considera que se perde muito tempo a pensar no problema e pouco na solução, o que não é produtivo ou positivo. A líder deve compreender o problema e começar a solucioná-lo o mais depressa possível, tornando-se eficiente e eficaz, referiu a CEO da Keep Warranty.

O painel que contou com a presença de João Gomes, partner na Jason Moçambique, António Loureiro, CEO na Conquest One Brasil, Denise Cortês-Keyser, CEO na DCK Global, e Miriam Morais, diretora executiva na Makeba Magazine, teve como tema central de debate “O poder e a Liderança: Estão as empresas a gerir bem o tema?”.

Miriam começou por felicitar a evolução das empresas no que concerne à visão da mulher enquanto líder, mas considera que ainda existe um longo caminho a percorrer nesta mudança. A oradora referiu que na empresa Fortune 500 apenas 7,4% representa as CEO do género feminino, número que considera muito baixo ainda.

Denise Cortês-Keyser começou por alertar para a difícil tarefa de liderar sendo mulher e o quanto foi complicado para si conquistar espaço no mundo empresarial. “Falta, sim, as mulheres estarem naqueles lugares, em setores importantes da economia e em posições de decisão”, referiu, explicando que é necessário haver uma inclusão da mulher nos setores considerados “masculinos”.

Vânia Delgado, managing director na Ucall Angola, foi uma das oradoras do terceiro dia da cimeira, contou a sua história de vida e explicou qual deve ser a visão de um CEO, como é que este consegue ser bem-sucedido em conjunto com a sua equipa e as características que uma mulher deve ter enquanto diretora de uma empresa.

A oradora começou por referir a importância de praticar ações que acrescentem valor para o negócio: “O que realmente nos move é que, no final do dia, tudo o que nós fizemos acrescentou valor a alguém ou acrescentou valor para o negócio”. De seguida, alertou os ouvintes para anteciparem sempre a próxima mudança, moldando o futuro e não simplesmente reagindo a ele. Ter um mindset direcionado para a inovação, foi um dos muitos conselhos que Vânia deixou aos participantes como um segredo para o sucesso.

Enquanto mulher, a managing director, deixou algumas das características a ter ao liderar uma empresa. Primeiramente, referiu que deve ter autoestima, acreditando no seu potencial, para passar confiança aos que a ouvem. De seguida, deve liderar por resultados, já que mostrar resultados influencia a equipa. Deve liderar pelo exemplo, ser humana e autêntica e, finalmente, estar informada, uma vez que a equipa deixar-se-á liderar por quem lhe agregar valor.

Por fim, Isabel Neves, CEO na Star Busy, membro da Investor Portugal e presidente da Business Angels Lisboa, apresentou a sua visão sobre os desafios do empreendedorismo e alertou: “O medo de não brilharmos ou sermos perfeitas, leva-nos muitas vezes a não ousar, a não dar o primeiro passo”.