Por: Martim Gaspar
Os líderes do G20 anunciaram, esta quarta-feira, numa declaração o compromisso de “tomar medidas urgentes para salvar vidas, prevenir a fome e a desnutrição”, com principal foco nos países mais vulneráveis.
Na declaração final redigida durante a cimeira, onde são abordados 52 pontos sobre diversos temas, os líderes do G20 comprometem-se “a proteger da fome os mais vulneráveis, utilizando todos os instrumentos disponíveis para gerir a crise alimentar”.
Apesar de ainda não terem sido apresentadas medidas concretas, os líderes do G20 pretendem “tomar ações coordenadas para enfrentar os desafios da segurança alimentar, incluindo o aumento dos preços e o défice global de matérias-primas e fertilizantes”.
Durante a cimeira, o grupo de líderes discutiu a prorrogação do acordo discutido em julho para a exportação de cereais e fertilizantes russos e ucranianos, que expira a 19 de novembro. O assunto em questão não teve seguimento, mas, segundo a declaração, os líderes G20 consideram a “importância da sua implementação contínua por todas as partes relevantes”.
Segundo a ONU, o acordo já assegurou a exportação de cerca de 10 milhões de toneladas de grão e outros produtos alimentares da Rússia e da Ucrânia. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, o número de pessoas que sofrem de fome e desnutrição grave aumentou 22% desde o ano passado, o que revela ser uma crise alimentar “sem precedentes”, uma ideia reforçada pelas Nações Unidas.