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Taxa de desemprego nos 6,5% (Foto: Arquivo)

Norte criou 23 mil empregos no final de 2021, mas desemprego aumenta

Por: João Monteiro

A região Norte criou 23 mil empregos no último trimestre de 2021, mas a taxa de desemprego fixou-se nos 6,5%, um aumento trimestral de 0,3 pontos percentuais e acima do valor nacional, segundo o Norte Conjuntura.

Segundo os dados divulgados pela Comissão de Coordenação e Deesenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), “a população empregada do Norte aumentou 1,4% no 4.º trimestre de 2021 face ao período homólogo do ano transato, traduzindo-se na criação líquida de 23.200 novos postos de trabalho”.

A população empregada entre os 16 e os 24 anos “diminuiu 11,4% no 4.º trimestre de 2021 face ao mesmo período do ano transato, agravando acentuadamente a queda que já tinha sido registada no trimestre precedente”, indica o relatório da CCDR-N.

Em relação à faixa etária “dos 45 aos 54 anos, o crescimento em termos homólogos foi de 3,2% no 4.º trimestre de 2021, que compara com um crescimento de 8,3% no dos indivíduos dos 55 aos 64 anos”, refere o documento divulgado.

“Em termos comparativos, este foi o segundo trimestre consecutivo no qual o ritmo de crescimento do emprego nacional superou o da região, após vários trimestres consecutivos caracterizados por um melhor desempenho do Norte no contexto global do país”, acrescenta ainda a instituição.

Os dados recolhidos pela CCDR-N indicam também um aumento em 2021, de 2,5% na população empregada na região Norte em relação a 2020, revelando uma acentuação na terciarização da economia da zona Norte do país, com o setor dos erviços a representar 64,4% do total de empregos novos.

Quanto à taxa de desemprego, no Norte “aumentou para 6,5% no 4.º trimestre de 2021, mais 0,3 p.p. face ao trimestre anterior”, e este indicador continua a variar em termos de faixas etárias, com as pessoas dos 16 aos 24 anos a registarem uma taxa de 25,1%, o “valor mais alto dos últimos quatro anos”, declarou a CCDR-N.

A instituição fecha o comunicado afirmando que, “o aumento do desemprego de longa duração num contexto de recuperação da economia do Norte após a crise pandémica resulta de um aumento do desemprego estrutural da economia em razão da redução da empregabilidade de recursos humanos com menores níveis de escolaridade”.