Terça-feira, Abril 29, 2025
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Há uma nova bolsa de empréstimos para as PME portuguesas

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Por: Ana Rita Justo

Raize já apoiou mais de 200 empresas e espera chegar às mil no próximo ano.

 

Chama-se Raize e é uma startup portuguesa que se descreve com uma bolsa de empréstimos para as pequenas e médias empresas (PME) portuguesas. Criada em 2015 por três jovens amigos, esta plataforma de crédito já financiou mais de 200 empresas através de sete mil investidores diferentes. O valor do investimento total ascende aos três milhões de euros.

A Raize foi uma das mais de 60 startups portuguesas convidadas pelo Governo português a estar presente na Web Summit. Afonso Eça, um dos fundadores da empresa juntamente com José Maria Rego e António Marques, explicou-nos as vantagens de aceder a este novo produto financeiro.

“É mais rápido e tem uma estrutura de custos de comissionamento muito competitiva. Além disso, a empresa está a diversificar as fontes de financiamento, não ficando tão dependente do setor bancário”, explica.

Para os investidores, acrescenta, é uma “oportunidade de apoiar as PME, o motor da economia que cria empregos, e ao mesmo tempo estar a ganhar uma taxa de rentabilidade bastante atrativa”.

Neste processo, a plataforma apenas gere a relação entre a empresa e o investidor: “Para os investidores não há custos. Para as empresas, o processo de estudo, de tentar pedir financiamento é gratuito. Se conseguirem cobramos uma comissão única de 3,5% e depois nunca mais cobramos nada.”

Já sobre as empresas que recorrem a este tipo de financiamento, Afonso Eça revela que há de tudo um pouco.

“Estamos a falar da típica micro e pequena empresa portuguesa, negócio familiar, à volta de dez empregados, faturações de 700 mil euros, que já utilizem empréstimos bancários. Têm de ser empresas saudáveis, que não tenham dívidas à Segurança Social nem à Autoridade Tributária e não podem estar em incumprimento com os bancos, mas veem aqui um canal alternativo para virem buscar financiamento. Há 250 mil empresas que poderiam financiar-se na Raize de hoje para amanhã. Temos desde empresas de transportes, logística, armazenistas, loja tradicional, empresas de tecnologia… Não há um perfil certo. É um reflexo do tecido empresarial português.”

 

Da crise para o sucesso

Como muitos negócios, a Raize nasceu também da necessidade de fazer face à crise económica que assolou Portugal nos últimos anos, adianta o fundador.

“A ideia surgiu em 2012, 2013 com a crise financeira e percebemos que era preciso uma alternativa de financiamento para as PME e que este era um canal novo que podia ser explorado e que tinha tudo para correr bem”, sublinha.

Nasceu com os três sócios, mas hoje são já sete os colaboradores da empresa e, atingido o ponto de equilíbrio (o total das receitas já iguala o volume de gastos), a Raize quer agora continuar a crescer e a ajudar a crescer o tecido empresarial português.

“Vamos continuar a apoiar as PME. Para o próximo ano queremos fazer 20 milhões de euros em empréstimos e apoiar entre as 500 e as mil empresas.”

Coca-Cola contra imposto sobre o açúcar

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Marca diz-se disponível para encontrar solução com o Governo mais favorável a todas as partes.

 

O Governo vai avançar, no próximo ano, com um novo imposto sobre bebidas com alto teor de açúcar. A marca Coca-Cola já fez saber que está contra a medida, considerando-a discriminatória e inconstitucional.

“É discriminatório na medida em que apenas atinge um tipo específico de produtos açucarados, não tributando o açúcar em si, todos os produtos açucarados ou, pelo menos, todas as bebidas açucaradas”, refere a multinacional numa carta enviada aos grupos parlamentares.

A Coca-cola diz ainda que o imposto é “inconstitucional”, porque “redução do consumo de açúcar não pode justificar, por si só, a aprovação do imposto, já que violaria o princípio da iniciativa privada e os direitos dos consumidores”.

O imposto, adianta a filial portuguesa da marca, viola ainda o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio e demonstra uma inclinação protecionista face às marcas nacionais.

“O facto de algumas bebidas açucaradas e de produção nacional serem isentas pode ser entendido como uma forma de favorecimento a estas marcas e às empresas que se dedicam a este tipo de produção, em detrimento dos produtores de outras bebidas não alcoólicas.”

A Coca-Cola diz, ainda, estar disposta a trabalhar com o Governo para encontrar uma solução “mais equilibrada e favorável para todas as partes envolvidas: o Estado, a indústria, os distribuidores e os consumidores”.

A marca lançou, entretanto, uma campanha publicitária contra o imposto e enviou esta mesma carta ao embaixador dos Estados Unidos, Robert Sherman, e à Câmara Municipal de Setúbal, onde a Coca-Cola Portugal tem uma fábrica.

O imposto em causa determina que as bebidas com alto teor de açúcar passem a pagar uma nova taxa. Desta forma, uma lata de Coca-Cola de 330 mililitros, com 35 gramas de açúcar, passará a custar mais 5,5 cêntimos.

Colombianos criam casas a partir de plásticos reciclados

Oscar Méndez é arquiteto e um dos fundadores da empresa colombiana Conceptos Plásticos: através de plástico reciclado, esta empresa cria blocos para a construção de moradias, ajudando assim o meio ambiente e solucionando o problema habitacional no seu país.

 

Depois de trabalhar quatro anos na indústria do plástico, Oscar Méndez decidiu então pegar em todo o conhecimento que tinha adquirido e criar a sua própria empresa em 2010. Sediada em Bogotá, a empresa começou por ensinar a fazer a deposição correta dos resíduos plásticos.

Em 2013, a sócia Cristina Gamez fazia o seu mestrado em gestão organizacional e acabou por fazer uma tese sobre sistemas de construção a partir de plástico reciclável.

Aproveitando este estudo, a empresa começou a testar miniaturas, chegando ao modelo final, elaborado pelo outro sócio, Fernando Llanos. Em 2015 começou, finalmente, a comercialização do produto.

“A nossa missão principal é criar uma consciência sobre reciclar. Tanto na Colômbia quanto no Brasil, não é comum que as pessoas separem seu lixo dentro de casa. Também não é comum que haja uma logística voltada aos materiais reaproveitáveis”, explica Oscar Méndez, citado pela revista brasileira Exame.

Através deste conceito, a Conceptos Plásticos já construiu casas, refúgios e um centro de saúde, num total de 1600 metros quadrados, tendo inclusive recebido um prémio de 300 mil dólares por essa iniciativa social, atribuído pela Chivas The Venture.

Atualmente, a empresa pode construir cerca de 20 moradias por mês. A construção leva cerca de quatro dias e pode ser feita pela própria família, desde que seja alvo de alguma supervisão.

A empresa também vende módulos a pessoas e empresas, mas não faz encomendas personalizadas. Todas as casas são padronizadas, em módulos de cerca de 40 metros quadrados – para ampliar a casa é necessário comprar mais um módulo.

Só no ano passado, a Conceptos Plásticos faturou 150 mil dólares, prevendo chegar aos 200 mil dólares este ano.

Para breve, está prevista a expansão para o Brasil e para o Chile.

Portugal eleito melhor destino de golfe do mundo

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É já a terceira vez que Portugal é escolhido como melhor destino de golfe.

 

Portugal foi, pela terceira vez consecutiva, eleito o melhor destino de golfe do mundo, prémio atribuído pela World Golf Awards numa cerimónia realizada sábado no Conrad Algarve, na Quinta do Lago.

Portugal suplantou, assim, novamente destinos como a Inglaterra, Escócia, Irlanda, Irlanda do Norte, País de Gales, França, Alemanha, Espanha, Turquia ou Itália.

Reagindo à notícia, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, considerou um “enorme reconhecimento” a eleição de Portugal, sublinhando que é preciso “continuar a apoiar” a modalidade.

“É um enorme reconhecimento. O golfe tem tido um papel muito interessante no desenvolvimento do que era um nicho de turismo há uns anos e que hoje já tem uma dimensão considerável”, disse o Ministro, à margem da conferência ‘Inovação de base Tecnológica e Competitividade’, no Porto, que assinala os 30 anos do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI).

O governante considerou, ainda que o turismo em Portugal “está a viver um momento muito bom”, prevendo-se que este ano atinja os “19 milhões de turistas”.

“Estamos também a apoiar outras áreas de turismo, como o turismo equestre, o turismo de natureza e o ligado ao ciclismo, que são áreas que têm muito potencial de desenvolvimento e que podem vir a ser, em segmentos diferentes, uma outra oportunidade, como o golfe foi já há uns anos”, disse.

Portugal tem, atualmente, 91 campos de golfe, sendo o Algarve a região de concentra o maior número de campos (44%), seguindo-se a região de Lisboa (17,58%).

Uma em cada três PME portuguesas não se sente ameaçada pelo cibercrime

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Uma em cada três pequenas e médias empresas portuguesas não vê o cibercrime como uma ameaça, de acordo com o “Estudo Zurich PME: Riscos e Oportunidades” promovido em oito países.

Quando questionados sobre de que forma os cibercriminosos poderiam afetar o seu negócio, 18,5% dos portugueses confessa que não tinha pensado no cibercrime como uma ameaça e 16% acredita que a empresa é demasiado insignificante para os cibercriminosos.

Entre os países europeus auscultados, Portugal é o país que revela menor preocupação com este tema. Analisando isoladamente as respostas, conclui-se, no entanto, que 20% dos empresários espanhóis considera que a empresa é demasiado insignificante para os cibercriminosos, ou seja, mais 3,5% do que os portugueses.

“Os empresários nacionais ainda revelem pouca atenção à transformação digital que as empresas e a vida em sociedade estão a viver. Numa semana em que Portugal recebe um dos maiores eventos de tecnologia do Mundo, diria que se deve encarar estas circunstâncias como um incentivo para estarmos todos cada vez mais atentos às oportunidades e, em simultâneo, às ameaças que este fenómeno implica”, sublinha Artur Lucas, Diretor de Marketing e Comunicação da Zurich Portugal.

O roubo de dinheiro/poupanças, os danos da reputação e o roubo de dados de clientes surgem como as preocupações mais concretas dos empresários nacionais quando o tema é de que forma o cibercrime pode afetar o negócio.

A principal preocupação dos empresários de sete dos oito países inquiridos é o roubo de dados de clientes, sendo a Irlanda (41%) e a Espanha (33%) os países onde essa preocupação é mais evidente. A exceção a este panorama geral é Portugal, cuja principal resposta foi “não tinha pensado no cibercrime como uma ameaça ao negócio”.

Os empresários nacionais revelam ainda alguma preocupação com utilização maliciosa da identidade (9%) e roubo da propriedade intelectual (7%). Menos de 10% dos inquiridos revelam ter proteção atualizada e funcional ao nível digital e confessam não ter os dados dos negócios armazenados digitalmente.

O estudo Zurich PME: Riscos e Oportunidades foi conduzido pela GFK junto de pequenas e médias empresas em oito países (Portugal, Áustria, Alemanha, Irlanda, Itália, Espanha, Suíça e Turquia). Em Portugal foram ouvidas 200 empresas, através da realização de entrevistas telefónicas a CEO, Diretores Gerais, Diretores Financeiros e Diretores de Operações.

Volvo Car Group com crescimento de 770 milhões de euros

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A Volvo Car Group anunciou um crescimento mundial das suas vendas e resultados financeiros registados nos primeiros nove meses de 2016.

Com efeito, de Janeiro a Setembro, o lucro operacional foi de aproximadamente 770 milhões de euros. Este resultado revela um crescimento substancial em relação ao ano anterior onde esse lucro foi 670 milhões de euros, relativo aos doze meses do ano.

Estes resultados são justificados pelo aumento das vendas em mercados chave e pela introdução de novos modelos. A nível mundial, as vendas cresceram 7,8% no terceiro trimestre de 2016 atingindo as 122.766 unidades com mercados da dimensão da China e dos Estados Unidos a revelarem cifras superiores a 20% .

“Posso afirmar, com confiança, que a Volvo Cars está em linha para outro ano record em termos não só de vendas mas também de lucro operacional que irá melhorar substancialmente” – Håkan Samuelsson – Presidente e CEO .

Em Portugal recorde-se, de Janeiro a Outubro, o crescimento das vendas da Volvo foi de 18,5% em relação a 2015.

 

Grande Conferência Liderança Feminina

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O Pessoas@2020 – Fórum Pessoas e Organizações associou-se à Executiva e apoia a primeira edição da “Grande Conferência Liderança Feminina”, que se vai realizar dia 24 de Novembro, das 9h-13h, no Auditório Cardeal de Medeiros, da Universidade Católica.

Vai contar como oradores com 12 líderes de topo portugueses e ainda com o encerramento da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino.

Com esta iniciativa, destinada a gestores e gestoras, pretende-se inspirar e formar a próxima geração de líderes. Informação mais detalhada sobre o programa disponível no site.

 

Ministro da Economia quer “melhores salários e mais emprego”

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Manuel Caldeira Cabral satisfeito com dados do INE que mostram aumento dos custos com salários.

 

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, esta sexta-feira, que o Índice de Custo do Trabalho (ICT) aumentou 3,6% no terceiro trimestre do ano. Para Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, os dados “mostram que é possível ter melhores salários e mais emprego em Portugal”.

“É isso que está a acontecer, estamos a ter um aumento do emprego, de 90 mil postos de trabalho desde o início do ano, uma boa redução do desemprego e os salários estão a subir, e isso só mostra que a competitividade em Portugal faz-se pela qualidade dos nossos trabalhadores, faz-se pela melhoria das condições das empresas, faz-se pelo apoio às empresas que querem investir, não se faz pelos baixos salários”, disse o governante aos jornalistas, à margem da inauguração das novas instalações da empresa Blip, da área do software para internet e telemóveis.

Os dados do INE mostram que, face ao mesmo trimestre do ano anterior, os custos com salários também aumentaram 3,9%.

“Os salários estão a subir e o emprego também está a subir”, acrescenta o ministro.

Manuel Caldeira Cabral considerou, ainda, de “muito positivos” os dados que dão conta da descida da taxa de desemprego em 0,3% para 10,5% no terceiro trimestre do ano.

“Há, de facto, uma boa indicação de que está a haver uma retoma na economia, de que há confiança dos empresários na economia, de que os empresários só estão a empregar, a reforçar os quadros das suas empresas, porque têm projetos, porque têm investimentos e porque veem a possibilidade de crescer a partir de Portugal, quer para o mercado interno quer para a exportação”, vincou.

Sobre a exportação, que aumentou 6,6% face ao aumento de 1,9% das importações, o ministro considerou também que os resultados são “muito positivos” e que “auguram uma retoma mais forte do crescimento do que a que estava a existir” antes do Governo tomar posse.

Ministério Público investiga venda de quatro milhões de emails de portugueses

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Caso de venda ilegal de emails foi denunciado pelo partido Os Verdes.

 

O Ministério Público decidiu abrir uma investigação ao caso da base de dados de quatro milhões de emails de particulares de todo o país colocados à venda no Portal de Emprego a troco de 40 euros.

O caso foi levado a público pelo Partido Ecologista Os Verdes (PEV), levando a Procuradoria-Geral da República a recolher elementos entretanto remetidos para o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, revela o Jornal Económico na sua edição online.

Recorde-se que o caso foi trazido a público pelo PEV, que no passado dia 28 de outubro fez chegar ao Parlamento uma pergunta dirigida ao Ministério da Justiça sobre o caso, pedindo uma posição da Comissão Nacional de Proteção de Dados.

O anúncio dizia vender uma lista “válida e muito recente” de quatro milhões de endereços eletrónicos portugueses. O anúncio, de uma empresa do Porto, diz ainda que os contactos foram submetidos a um programa de revalidação que elimina os emails que já não existem.

Startups portuguesas faturam menos mas exportam mais

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Estudo da Informa D&B mostra que startups portuguesas estão mais exportadoras.

 

Entre 2007 e 2015, o volume de negócios das startups portuguesas caiu, contudo, estas viraram o seu negócio mais para o exterior. Eis as conclusões do estudo “Empreendedorismo em Portugal” levado a cabo pela Informa D&B.

Segundo o estudo, o volume de negócios das empresas no primeiro ano de vida caiu 22%, passando de uma média de 90,2 mil euros em 2007 para os 70 mil em 2014. Também o número de funcionários caiu, passando de uma média de 2,6 em 2007 para 2,0.

Por outro lado, acentuou-se o perfil exportador destas empresas: “Em 2014, 10,1% das novas empresas exportaram no primeiro ano de vida, mais 3 pontos percentuais do que em 2008. A importância das exportações no volume de negócios das start-ups aumentou significativamente, passando de 46% em 2008 para 63% em 2014.”

Quanto ao tipo de negócio, os serviços e o retalho são aqueles onde nascem mais empresas, enquanto a maior redução na criação de empresas foi registada nos setores da construção, gás, eletricidade e água.

Em termos de localização, em 2015, 34% das empresas nasceram no Norte, seguindo-se Lisboa com 33%. Açores (2,8%), Alentejo (1,8%) e Norte (1,5%) são as regiões com maior crescimento.

Ainda segundo a Informa D&B, entre 2007 e 2017 foram constituídas 309.550 empresas e outras organizações, uma média de 34 mil por ano.