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Rendibilidade Empresas Nacionais
A rendibilidade das empresas subiu para 8,8% entre julho e setembro de 2021 (Fonte: Freepik)

Rendibilidade das empresas nacionais subiu para 8,8% em 2022

Por: Marta Godinho 

Esta quarta-feira, dia 11 de janeiro, o Banco de Portugal publicou as estatísticas das empresas da central de balanços atualizados referentes ao terceiro trimestre de 2022. É de destacar que a rendibilidade das empresas subiu para 8,8% entre julho e setembro do ano passado.

O final do terceiro trimestre de 2022 resultou na rendibilidade das empresas em 8,8% medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, juros e impostos (EBITDA), depreciações e o total do ativo. Face ao mesmo período homólogo em 2021, a rendibilidade foi de 6,9% que ainda cresceu para 7,6% no quarto trimestre de 2021. Estes valores são bastantes positivos para 2021, sendo que este ano começou com 5,6%.

O aumento da rendibilidade do ativo nas empresas privadas ocorreu em todos os setores de atividade, excluindo apenas a eletricidade e água, e todas as classes de dimensão. Por setor de atividade económica, o terceiro trimestre de 2022 mostrou 9,1% de rendibilidade nas empresas privadas com particularidade em 11,1% para as indústrias, 7,4% para a eletricidade e água, 5,5% na construção, 10,4% no comércio, 13,4% nos transportes e armazenagem, 9,0% para outros serviços e 6,7% em sedes sociais. Quanto à rendibilidade das empresas públicas manteve-se negativa, mas melhorou de -3,3% para -0,6%.

É de reforçar que a rendibilidade das micro, pequenas e médias empresas (PME) subiu de 6,8% para 8,6%. As grandes empresas subiram de 9,0% para 11,1%.

Quanto à autonomia financeira das empresas aumentou para 41,1% no terceiro trimestre de 2022, mais 0,9% face ao período homólogo de 2021 (40,2%). Contrariamente, o peso dos financiamentos no total do ativo reduziu de 32,5% para 30,6%. A autonomia financeira das empresas públicas cresceu de 28,2% para 32,2%, sendo que o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu de 41,0% para 33,4%.

O peso dos financiamentos obtidos no total do ativo desceu em todos os setores de atividade, com exclusão para o setor das sedes sociais no período homólogo. Nas PME, diminuiu de 31,9% para 30,2% e nas grandes empresas passou de 33,7% para 31,4%.

Comparando com o terceiro trimestre de 2021, o custo dos financiamentos aumentou de 2,7% para 2,8%. Já a cobertura de gastos de financiamento das empresas aumentou de 7,7% para 10%.