Apesar do crescimento, a sobrevivência e estabilidade continua a ser um dos grandes desafios das startups. Um terço morre ao fim do primeiro ano e, ao fim de sete anos, só um terço ainda se mantém ativa, segundo o estudo da Informa D&B.
“Os primeiros anos são fundamentais para a sobrevivência das startups”, refere a consultora num estudo onde analisou a evolução do empreendedorismo entre 2007 e 2015.
Neste período, dois terços das novas empresas conseguiram ultrapassar o primeiro ano de vida; mais de metade, 52% atingiram o terceiro ano e só 41% chegaram ao quinto ano, a marca da passagem à vida adulta. No sétimo ano, apenas um terço das empresas mantinha atividade aberta.
Segundo a consultora, as áreas da agricultura, pecuária, pesca e caça resistem à passagem dos anos. Por outro lado, o setor do alojamento, restauração e ainda da construção apresentam taxas de sobrevivência mais baixas.
Estes negócios, mostra a Informa D&B, também apresentam um crescimento mais acelerado no número de contratações de trabalhadores. Ao fim do primeiro ano, o volume de empregados cresce 34%, valor que duplica, geralmente, aos sete anos de atividade e com o negócio mais estável.
A gestão e a liderança femininas atingem 35,2% e 32,3% destes negócios, que são quase totalmente (94%) gerados por iniciativa individual, tendo como sócios pessoas singulares e, uma ínfima parte (6%) entidades investidoras externas por detrás da estrutura de capital.
No entanto, o número de mulheres à frente dos negócios vai diminuindo à medida que as empresas envelhecem e apenas 27,1% dos negócios mais maduros apresentam mulheres na liderança, a maioria responsável pela criação do seu próprio emprego.
No levantamento que realizou, a consultora percebeu que estes mais de 300 mil nascimentos de novas empresas em Portugal envolveram 47 mil empreendedores por ano – 420 mil no total -, sendo a maioria (64%) “empresários pela primeira vez”. Além disso, 76% destes empreendedores assumiram a gestão das empresas que criaram.