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Rita Maria Nunes, country manager da TAB Portugal (Fonte: Divulgação)

Sociedades? Cuidado com as red flags!

Por: Rita Maria Nunes, country manager da TAB Portugal

Quero ser empresária desde que me lembro. E acho que isso tem também um pouco a ver com o contexto familiar no qual cresci. E é nesse contexto que relembro muitas vezes uma frase do meu avô que gosto de partilhar com quem quer entrar no mundo das Sociedades: “Sociedades, só na cama. E, mesmo assim, é preciso ter cuidado!”.

O que não falta no mercado, são histórias de sociedades que correram mal, por isso é que há muitas pessoas que não gostam de ter sócios. É muito importante termos consciência de que, quando temos um sócio, temos de lhe prestar contas. Principalmente se for um investidor que colocou o dinheiro e quer, obviamente, o seu retorno.

Ter um sócio pode levar-nos a passar de uma empresa pequena para uma empresa grande. Pode ser uma grande oportunidade de crescimento para a empresa porque esse sócio vai ter de entrar com capital que vai consequentemente permitir ganhar um novo fôlego para crescer.

Para além disso, por vezes, prestar contas a outras pessoas é um processo muito importante para a nossa própria responsabilização. No entanto, todas as sociedades têm de ter uma coisa muito importante: controlo. E controlo não se pode confundir com desconfiança, pois são coisas diferentes. Nas sociedades, se cada um tem a sua área na empresa, o outro deve controlar, através daquilo a que chamo “visão helicóptero”, o que está a ser feito.

Por exemplo, se estamos responsáveis pelas Operações e o nosso sócio está responsável pelo Marketing, temos ambos de estar perfeitamente alinhados, porque os departamentos não existem um sem o outro. E isto é apenas um exemplo, porque há muitas outras áreas ou departamentos numa empresa com a mesma situação.

O grande problema das pessoas nas Sociedades é que, por vezes, confiam demasiado, porque o controlo é encarado como uma desconfiança. São precisas reuniões de alinhamento, reuniões de definição de objetivos, definição estratégica, é preciso conversar!. Pois sem conversa, as empresas não acontecem. É aqui que começam os ressentimentos e os problemas. E a chave disto tudo é, só e apenas, comunicar muito bem.

No entanto, mesmo assim, nem toda a gente é apta a ter sócios. Pessoas que não querem trabalhar em equipa, só querem estar sozinhos e não conseguem compreender e incluir outras visões não sabem trabalhar em sociedades.

Eu, por exemplo, tanto estou em projetos sozinha, como estou noutros em que sou acompanhada por mais pessoas. Apesar de serem posicionamentos, histórias e contextos diferentes, ambos funcionam. O essencial é saber lidar com estas diferentes relações.