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Tecnostress
Estudo realizado entre fevereiro de 2020 e outubro de 2021 (Foto: Arquivo)

Tecnostress é uma realidade crescente, diz estudo

Um estudo realizado pelo Observatório de Liderança e Bem Estar da Nova SBE registou um aumento de tecnostress na vida dos trabalhadores. Com a chegada da pandemia e com períodos de confinamento, o teletrabalho trouxe consigo stress acumulado para a população.

Os resultados mostram que “uma parte substancial dos inquiridos sentem níveis elevados de tecnosobrecarga e tecno-invasão, com 47% a reconhecerem ter de mudar os hábitos de trabalho para se adaptarem às tecnologias móveis e 52% a sentirem que a sua vida pessoal é invadida devido a estes dispositivos”, refere o Observatório em comunicado.

“O estudo revela que uma parte substancial dos inquiridos sentem níveis elevados de tecnosobrecarga (35%) e tecno-invasão (42%), sendo que são os homens quem reporta maiores níveis de tecnosobrecarga e tecno-invasão”, acrescenta o documento.

“No atual contexto pandémico e na hipótese de se manterem soluções de teletrabalho sustentadas pelo uso de ferramentas tecnológicas, é urgente perceber melhor como o stress ligado à tecnologia móvel, em contexto laboral, impacta a saúde e o bem-estar dos trabalhadores”, afirmou o centro de investigação.

“O papel das TIC na manutenção das relações e capacidade de execução do trabalho durante os períodos de confinamento e trabalho remoto é visível. No entanto, vieram simultaneamente agravar a vulnerabilidade dos trabalhadores face ao stress ocupacional”, acrescentou o Observatório de Liderança e Bem Estar da Nova SBE.

Para fechar o estudo, o Observatório de Liderança e Bem Estar da Nova SBE traçou algumas recomendações para atenuar o tecnostress vivido pelos trabalhadores em regime de teletrabalho. Entre eles, “desenvolver políticas organizacionais para gerir o papel das tecnologias na sobrecarga e na invasão”; “promover o conhecimento das consequências nefastas na saúde e no bem estar do mal-uso da tecnologia no trabalho” e ainda, “fomentar métodos de gestão da interface trabalho e vida pessoal, contemplando o uso adequado da tecnologia móvel em trabalho e nos momentos de lazer”.

O estudo foi realizado entre fevereiro de 2020 e outubro de 2021 a uma amostra de mais de quatro mil indivíduos em que 51% são do sexo feminino e 49% do sexo masculino, com 30,6% dos inquiridos acima dos 57 anos, 34,8% com idades entre 56 e 41 anos, 28,1% com idades compreendidas entre os 40 e os 25 anos e ainda 6,5% dos participantes do estudo, com idades inferiores a 24 anos.

Da amostra, 62% dos participantes estão divididos entre três setores: 9%estaão empregados na indústria farmacêutica ou alimentar, 41% representam trabalhadores de prestação de serviços como consultoria, saúde ou vendas e 50% da amostra desenvolve atividades ligadas à informação, ciência e tecnologia.