Home / Sociedade / 51% dos portugueses prefere trabalhar em regime misto
teletrabalho regime misto computador pandemia trabalho
Quatro em cada 10 europeus prefere trabalhar em regime misto, alternando entre o presencial e o teletrabalho (Foto: Unsplash)

51% dos portugueses prefere trabalhar em regime misto

Segundo os dados avançados pelo Observador Cetelem, 51% dos portugueses prefere trabalhar em regime misto, alternando assim entre o presencial e o teletrabalho. Para além disso, cerca de 60% acreditam no bom funcionamento do teletrabalho.

Depois de pouco mais de um ano, e graças à pandemia da covid-19, os trabalhadores foram obrigados a adotar novas formas de trabalhar. De acordo com o Barómetro Europeu do Observador Cetelem, que procurou perceber a opinião dos cidadãos portugueses e europeus quanto ao facto de estarem “preparados para deixar totalmente” o regime de teletrabalho, verificou-se que a maioria prefere trabalhar em regime misto.

Assim, constatou-se que cerca de 51% dos portugueses, prefere trabalhar em regime misto, alternando o regime presencial e o teletrabalho. Também os trabalhadores eslovacos, búlgaros e checos preferem “repartir a sua atividade profissional”. No polo oposto encontram-se os franceses, com cerca de 43% dos colaboradores a afirmar que preferem “exercer a sua atividade exclusivamente nas instalações do empregador”.

De acordo com os dados, verifica-se, então, que cerca de “quatro em cada 10 europeus gostavam de repartir as suas tarefas, entre o teletrabalho e o trabalho presencial”, mostrando assim, a clara evidência que “o teletrabalho veio inscrever-se de forma permanente na paisagem profissional.

Em nota, a Cetelem revela que esta tendência de trabalhar a partir de casa já estava a verificar um crescimento significativo. No Reino Unido, cerca de “40% das empresas recorrem a este modelo de trabalho de forma persistente”. Por oposição, a Bulgária, Espanha, Itália e Roménia “parecem ter descoberto o teletrabalho com a pandemia”.

O estudo revelou também que cerca de “67% dos europeus acreditam que o teletrabalho se processa de forma eficiente”. Assim, os suecos, os portugueses e espanhóis, e os ingleses, são os que mais acreditam nesta modalidade de trabalho com cerca de 79%, 73% e 72%, respetivamente.

Contudo, a importância da sociabilidade que se obtém através do trabalho presencial é uma das preocupações dos europeus. Assim, apenas 22% dos profissionais “deseja exclusivamente o teletrabalho, sendo os britânicos quem mais valoriza esta modalidade (30%)”. No caso português, apenas 19% dos trabalhadores prefere trabalhar exclusivamente em regime de teletrabalho.

O Observador Cetelem revelou ainda que, no que respeita ao ensino à distância, “o número de europeus que consideram que a qualidade foi satisfatória não chega a metade (45%). Em Portugal, e em concordância com a média europeia, cerca de 44% dos inquiridos revelou que não considera este método de ensino satisfatório.

Consequentemente, o estudo levado a cabo procurou perceber “a compatibilização entre as duas realidades teletrabalho e telescola, com os esforços pedagógicos dos pais a intensificaram-se quando coexistiram”.

Apurou-se que cerca de “60% dos pais europeus consideram que foi fácil ajudar os filhos com a telescola”, sendo que os mais satisfeitos com este modelo foram os ingleses e os suecos, com 71% e 70%, respetivamente. Portugal encontra-se abaixo da média europeia, contabilizando 54% dos pais que consideram que com a ajuda da telescola foi mais “fácil ajudar e apoiar os filhos no ensino à distância”.