Os resultados apresentados pelo barómetro às empresas, promovido pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e pelo ISCTE, indicam quanto menor for a empresa, maior será o impacto da crise e, consequentemente, mais difícil será a sua recuperação económica no próximo ano.
Segundo o estudo, realizado no início de dezembro pela CIP às cerca de 150 mil empresas associadas da confederação, a grande maioria dos inquiridos classifica as medidas do Governo como uma “resposta tardia” que ficou “aquém do necessário”.
No entanto, o barómetro indica que apenas uma parte das grandes empresas está confiante com a entrada em 2021, ao perspetivar um aumento do volume de vendas no primeiro trimestre do ano. Todas as restantes mantêm o pessimismo quanto ao futuro.
Ao nível da faturação, cerca de 40% das grandes empresas acredita numa recuperação do volume de negócios logo no início do ano, em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Em contrapartida, as expectativas das pequenas e médias empresas são negativas.
Outra conclusão retirada do barómetro indica que, em novembro e dezembro deste ano, 18% das empresas deixaram de conseguir cumprir com os prazos de pagamento das despesas, sobretudo devido ao decréscimo do volume de negócios em cerca de 55% dos inquiridos – aqui, registou-se um impacto menos acentuado nas grandes empresas em comparação com as restantes.
Também o emprego será afetado, com apenas 12% do total das empresas a admitir vir a contratar mais funcionários no primeiro trimestre de 2021, percentagem que cobre uma maior quantidade de grandes empresas do que as de restante dimensão.