Em parceria com DIG-IN
A Lanchonete é um negócio familiar criado em 1986, mas que há cinco anos ganhou um novo conceito, imagem e marca.
Com a assinatura “comida afetiva com sotaque brasileiro”, a Lanchonete é gerida pelo lisboeta Pedro Bento, apaixonado pelo Brasil. Licenciado e Mestrado em Gestão pelo ISEG, tirou uma pós-graduação em Gastronomia Criativa. Pelo meio, trabalhou na Sumol Compal e Sociedade Central de Cervejas.
A Lanchonete tem três lojas na zona de Lisboa: Belém, Rua Pinto Ferreira 5 A (segunda a sábado das 8h às 20h), Benfica, Av. Gomes Pereira 104 A (segunda a sábado, das 10h às 22h. Domingo das 10h às 16h) e Parede, Av. Da República 1261 A (segunda a sábados das 8h às 20h).
Contem-nos um pouco da história da Lanchonete e o que vos levou a abrir o primeiro espaço.
Pedro Bento – Tudo começou há muitos muitos anos… (as histórias de cinema começam assim, mas aqui é mesmo verdade) com a ida do meu pai para o Brasil na década de 60. E vou tentar resumir para não ser chato.
Em 1960, o meu pai, Sr. José, imigrou para São Paulo para ir para a tropa. Tinha 12 anos e por lá trabalhou, durante 25 anos, em várias padarias e lanchonetes, juntamente com os seus tios. Sabem aquele negócio de padaria de português em São Paulo? Pois bem, era um dos casos. Lá conheceu a minha mãe, Paula, casaram e pouco tempo depois nasceu a minha irmã, Eliana. Em 1985 decidem regressar a Portugal. Em 1986 abrem este espaço, na Rua Pinto Ferreira, em Belém, com o nome “Raio Laser Pastelaria e Lanchonete”, com tudo aquilo que se vendia nas lanchonetes do Brasil – pizzas, hambúrgueres, lanches, fabrico próprio de bolos, sumos naturais, pão e muitas mais coisas.
Em 1990 nasci eu, praticamente dentro do Raio Laser, e assim foi crescendo a vontade, experiência, gosto e paixão pelo negócio. Foi aqui que foram passados muitos verões a trabalhar. E com muito gosto. A minha vida seguiu por estudos e outros caminhos na área de gestão e marketing, e foi no final de 2018 senti-me preparado para assumir finalmente o barco.
Por isso, em janeiro de 2019, no mesmo espaço que existia o Raio Laser, nasceu este novo conceito de “comida afetiva com sotaque Brasileiro”, de seu nome A Lanchonete, em homenagem à história dos meus pais e com objetivo de dar a conhecer um pouco mais da cultura deste país que amo de coração e que faz parte da minha vida: o Brasil.
Em 2021, a Bruna Kelly, minha melhor amiga e praticamente irmã do Brasil, junta-se a mim no projeto de expansão para o bairro de Benfica e em 2023 o meu primo (de sangue e de coração) Francisco Junior, de São Paulo, junta-se a nós na abertura da loja da Parede.
E aqui estamos, já a pensar em novidades para 2025!
O que aprenderam desde a abertura do primeiro espaço até agora?
P. B. – Um negócio na área da restauração traz aprendizagens todos os dias. Lidar com pessoas é isso mesmo. Sejam elas parte da nossa equipa, clientes e até fornecedores. E a maior aprendizagem é mesmo essa. Que sem pessoas o nosso negócio não anda, e por isso temos cuidar delas, desde o estômago e cabeça, até ao coração.
Como definem o conceito dos restaurantes?
P. B. – Usamos o slogan de “Comida afetiva com sotaque brasileiro” porque, acima de tudo, queremos que as pessoas se sintam em casa. Que sintam o sabor de uma comida Brasileira feita com amor. Que sintam o calor de um “bom dia” com sotaque Brasileiro. Que sintam a cultura Brasileira presente na música e pormenores espalhados pelos nossos espaços. E que matem saudades de casa ou fiquem a conhecer um pouco do nosso Brasil.
Qual é o grande diferencial da Lanchonete, relativamente a outros restaurantes?
P. B. – O “jeito” Brasileiro é muito singular. É carinho, é afeto, é amor. Queremos ser conhecidos por ser um lugar que nos transporta para o Brasil de todas as formas. Pela comida, pelo atendimento, pelas experiências que possam aqui ser vividas.
Qual foi o momento mais marcante da Lanchonete, até agora?
P. B. – O mais marcante e desafiador foi sem dúvida a pandemia. O novo projeto iniciou em Janeiro de 2019, e um ano depois acontece esta catástrofe. Ver o negócio a fechar foi algo difícil de superar mas respondemos com todas as armas e conseguimos superar esse desafio com sucesso. E logo em 2021, ainda em pandemia, abrimos a loja de Benfica, sem medos e cheios de confiança no trabalho que estávamos a desenvolver.
O que vos fez criar os diferentes eventos semanais na Lanchonete?
P. B. – Somos um negócio na área da restauração, mas sentimos que podemos oferecer muito mais à nossa comunidade. Os eventos que fazemos aqui têm sempre o objetivo de dinamizar o negócio, claro, mas também trazer momentos culturais para que as pessoas possam viver bons momentos aqui, ao mesmo tempo que criamos palco para muito talento que existe por aí e com vontade de se apresentar ao nosso público.
E que eventos destacam?
P. B. – Além dos eventos musicais, que fazem parte do nosso negócio há algum tempo, em que procuramos trazer um pouco da cultura musical com artistas Brasileiros nos estilos de Samba, Forró e MBP, podemos destacar o “Sextou com workshops” e a “Feira do Quintal”.
O “Sextou com workshops” foi uma iniciativa em que procurámos vários artistas de áreas como cerâmica, macramé, pintura, escrita criativa, artes marciais, bambolé, entre outras, para dinamizarem uma aula com preço e condições definidas por eles, e que aconteceu durante todas as sextas dos meses de verão.
A “Feira do Quintal” é algo que já realizámos o ano passado e que procura oferecer, ao primeiro sábado de cada mês de Verão, uma feirinha no nosso Quintal da loja de Benfica com várias marcas e artistas que vêm montar a sua banca e dão a conhecer a sua arte. Ao mesmo tempo que realizamos também um samba de qualidade e várias outras surpresas durante a tarde. Este ano estiveram presentes marcas de biquínis, roupa e acessórios, brincos, ilustrações, cerâmica e até mesmo massagens e tatuagens.
Sendo um espaço de comida brasileira, o que destacam do vosso menu?
P. B. – O nosso cardápio é inspirado nas lanchonetes brasileiras, então procuramos ter opções que sejam possíveis de aconchegar a barriga e o coração desde o café da manhã e almoço, até ao lanche e jantar. Então não é fácil destacar um só produto.
Por isso diria que podemos destacar os nossos menus de Brunch Brasileiro que conseguem ter alguns dos produtos que mais vendemos e a nossa Feijoada à Brasileira que servimos todas as sextas e sábados.
Quais são os principais motivos para trabalharem com a DIG-IN?
P. B. – Sem dúvidas nenhumas, a proximidade da nossa acount manager Bruna que está sempre em cima do acontecimento e pronta para fazer sugestões e apresentar novas ações.
Quem são vocês?
P. B. – Somos os maiores apaixonados pelo Brasil!
Quais as “almas” por trás do negócio?
P. B. – Todas as pessoas que trabalham connosco e que dão o litro para fazerem este sonho crescer. As pessoas da nossa cozinha, que cozinham com amor, as pessoas da nossa confeitaria, onde tudo é feito com um detalhe incrível, e as pessoas que estão na frente a atender sempre com um sorriso na cara. São elas as almas do negócio!
Se fizessem uma review dos espaços, na DIG-IN, o que escreveriam?
P. B. – “Uma viagem ao Brasil sem sair de Lisboa. Comida de afeto, atendimento caloroso e um ambiente que sabe a casa. Matei saudades e quero voltar!”.
Conteúdo Patrocinado