De acordo com o Ministério das Finanças, a despesa feita nas medidas de apoios extraordinários a empresas e famílias, no âmbito da crise pandémica, já ultrapassou os mil milhões de euros, números relativos aos primeiros dois meses do ano.
Numa altura que marca o primeiro ano desde a chegada da pandemia a Portugal, têm sido vários os apoios económicos instaurados pelo Governo, como o layoff simplificado, as moratórias ou a retoma progressiva, no sentido de apoiar empresas e famílias a fazer face à grave crise financeira que a atual conjuntura tem vindo a provocar.
Em 2021, entre janeiro e fevereiro, foi gasto um total de 1.091 milhões de euros com estes apoios, segundo informa o Ministério das Finanças. Neste valor, a maior parcela foi direcionada para as medidas de apoio às empresas e ao emprego, com um total de 663 milhões de euros, que incluem medidas como o layoff simplificado (135 milhões de euros) ou apoio extraordinário à retoma progressiva (116 milhões de euros).
Em comunicado oficial, relativamente aos gastos do Estado com estes apoios nos primeiros dois meses deste ano, o Ministério das Finanças afirma que o valor “corresponde a mais de um terço da despesa total de 2020 no âmbito das medidas relativas à pandemia”.
No valor total referido, devem ainda incluir-se 194 milhões de euros em medidas de apoio ao rendimento das famílias, 175 milhões de euros aplicadas ao setor da saúde e 60 milhões de euros englobados noutros apoios pandémicos. No que ao lado da receita diz respeito, o Ministério destaca que, em janeiro e fevereiro, as medidas de apoio chegaram a ultrapassar os 438 milhões de euros.
Recorde-se que estas medidas apoiaram ainda a tesouraria das empresas e o rendimento das famílias, tendo incluído o prolongamento das datas para o pagamento de impostos, a suspensão de execuções fiscais, bem como a isenção da Taxa Social Única (TSU).