O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) defende que as atuais medidas de apoio à economia e às empresas são insuficientes, afirmando a urgência do Governo procurar novas soluções.
Francisco Calheiros, presidente da CTP, afirmou esta quarta-feira, depois de uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, que os atuais apoios à economia estão a ficar “gastos”, uma vez que foram projetados com uma duração entre três a seis meses.
Na reunião com o Presidente da República, Francisco Calheiros falou da importância das moratórias financeira e fiscal serem prolongadas, referindo a necessidade da criação de medidas de recapitalização das empresas, reiterando a preocupação da CTP com a exclusão das grandes empresas da generalidade dos apoios criados.
Ainda relativamente à criação de novos apoios, o presidente da CTP garante que Portugal não pode “continuar a ter empréstimos em cima de empréstimos”, enfatizando o facto de que “são essenciais medidas de capitalização e de apoios a fundo perdido”.
Durante a audiência em Belém, discutiu-se ainda o recente impacto dos números da pandemia em termos de infetados, com Portugal a liderar o ranking. Para Francisco Calheiros, este fator pode ter um impacto significativamente negativo no turismo, uma vez que, atualmente, os turistas pensam muito na questão sanitária dos destinos.
Esta foi a primeira audiência do Presidente da República, desde a reeleição, seguindo-se as reuniões com os parceiros sociais, como o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e a Confederação Empresarial de Portugal.
