Um estudo anual da consultora Marsh indica que as empresas portuguesas consideram uma crise financeira como o terceiro maior risco do mundo, com a pandemia e os ciberataques a completarem o pódio das maiores inquietações para o tecido empresarial português.
Para as empresas portuguesas, uma crise fiscal e financeira representa um importante e sério risco que o mundo vai enfrentar ao longo deste ano, de acordo com os dados do estudo anual da consultora Marsh.
O relatório apresenta que 46% dos empresários inquiridos a referem-se a esta ameaça como uma das mais impactantes, apenas superada pelos 63% que dão maior importância a riscos pandémicos e os 62% que receiam os ataques cibernéticos em grande escala, um problema que ganhou uma nova dimensão dado o registo de trabalho remoto a que muitas empresas recorreram.
Para além destas três ameaças à ordem global, também os elevados níveis de desemprego se apresentam como fatores apontados pelos empresários englobados no estudo da consultora. A preocupação com este risco, que em 2020 ocupava a 23ª posição deste ranking, encontra-se agora no quarto lugar, traduzindo o aumento da preocupação com este impacto.
A consultora refere-se, também, às falhas de governação e às alterações climáticas como outros pontos-chave que mais preocupam as empresas portuguesas, fatores que completam a restante tabela de classificação do Global Risks Report 2021.
Com dados recolhidos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, a consultora faz ainda uma análise aos riscos que estas empresas sentem a nível nacional, com os ataques informáticos (57%), o risco pandémico e a instabilidade social (ambos com 53%), a recensão (37%), os eventos climáticos (29%) e as crises financeiras (24%) a formarem o quadro que indica as principais preocupações das mesmas.
De referir que, nesta amostra com 152 representantes do tecido empresarial, cerca de 47% dos inquiridos afirma ter aumentado as suas preocupações a nível ambiental na sequência do impacto pandémico atual.